04 junho, 2017

ERA UMA VEZ UM PLENO.


A temporada futebolística terminou a zero novamente no que diz respeito a títulos. À semelhança dos últimos quatro anos, a equipa não conseguiu acrescentar nada ao nosso museu, embora tenho tido suporte para tal, semanas após semana, jogo após jogo, uma paixão imensa vinda da bancada!

A nível pessoal, esta temporada ficará para marcada como a primeira em que consegui aquilo que desejava já há alguns anos: o pleno no campeonato nacional. Foram 34 jogos com 34 presenças. É dose, sim. Mas também é amor. Pleno esse que se estende a todas as competições nacionais (taça da Liga e taça de Portugal incluídos), quatro jogos amigáveis antes da época começar oficialmente e só não é um pleno total, porque não tive oportunidade de marcar presença em Roma em Agosto e em Leicester, em Setembro. Em 49 jogos oficiais, estive em 47. Isto para não falar nos jogos das outras modalidades.

Mas foquemo-nos no campeonato de futebol que recentemente terminou. Foram 17 jogos em casa e 17 jogos fora. Em casa lá estive, nos jogos europeus, nos clássicos, nos derbys e nos jogos considerados menos apetecíveis. Junto dos meus, no sítio onde me sinto bem e onde não falho um jogo (oficial ou amigável) há seis anos.

Não te falhei na jornada inaugural quando numa sexta-feira te deslocaste a Vila do Conde. Ainda em Agosto, um calor enorme, aquela bancada lotou de azul e branco e lá saí do trabalho a correr para o metro para te começar a apoiar.

Não te falhei no final de Agosto quando nos deslocámos ao Lumiar, à casa dos lagartos e transformaram em andebol um jogo que era para ser de futebol. Ainda tenho na perna aquela marca do petardo que rebentou no cortejo à passagem do McDonald’s.

Mas continuei a caminhar por ti. Com percalços como a deslocação a Tondela, em Setembro. Um calor tórrido e a avaria em plena auto-estrada a 40 quilómetros de Tondela!!! A espera interminável pelo reboque e pelo táxi e como não podia deixar de ser, o reboque trouxe o carro de volta para o Porto e o táxi levou-me até à porta do estádio, onde entrei a meio da primeira parte para cantar por ti!!

Não te deixei jogar sozinho na Madeira. Grande fim-de-semana no início de Outubro, ainda bom tempo, grande vitória na Choupana.

Não te falhei em Setúbal, foram 700 quilómetros num dia naquele desastre (0-0) no Sado.

Depois da viagem a Copenhaga a meio da semana, fiz mais 600 quilómetros para puxar por ti em Belém, no jogo em que ficámos a sete pontos do primeiro lugar. Mas estive lá.

Já em Dezembro, jogámos às 16h em Santa Maria a Feira e lá estava eu atrás da baliza para te apoiar. Grande vitória.


O dia mais frio do ano. Um gelo inacreditável na Mata Real em Janeiro, quase nem tirava as mãos dos bolsos. Mas debaixo daquela geada, cantei por ti.

Não te falhei no Estoril. Mais uma deslocação à mouraria, bancada completamente cheia atrás da baliza e ainda mais portistas na central.

Não te falhei em Guimarães no regresso do Super Comboio!! Deslocação à moda antiga, um passeio pela cidade de Guimarães e as duas bancadas do topo Norte completamente à pinha!

Não te falhei na invasão ao Bessa, das melhores do ano. Duas bancadas cheias atrás da baliza e mais meia central. Sem igual!

Não te falhei quando numa sexta-feira jogaste em Arouca, antes de irmos a Turim. Inaugurámos o sector visitante remodelado e ajudei-te a conquistar os três pontos.

Não te falhei em casa do inimigo, quando entrávamos na fase decisiva do campeonato.

Alterei as minhas férias para não te falhar em Braga, no Sábado de Páscoa. Invasão nunca antes vista com a parte superior da bancada completamente cheia de ponta à ponta!!

Não te falhei em Chaves, mesmo depois de lá termos estado em Novembro para a taça de Portugal. Voltei a trás-os montes e desta vez fomos nós a sorrir.

Quando já estava quase tudo perdido, voltei à Madeira para não te falhar na recta final. Os Barreiros foram dos Dragões mas mesmo assim o resultado não foi positivo.

E quando já estava tudo mesmo perdido, não te virei costas e lá estava em Moreira de Cónegos na derradeira jornada.

Promete-me que me compensas no próximo ano, com o campeonato nacional!

Um abraço ultra.

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