15 abril, 2017

TROPEÇAR SEM COMPROMETER.


SC BRAGA-FC PORTO, 1-1

O FC Porto escreveu esta noite na pedreira mais um episódio da presente edição da Liga NOS com mais uns casos polémicos a juntar à extensa lista de situações decorridas ao longo da época.

Somando um ponto e perdendo dois, os Dragões viram o líder distanciar-se, havendo agora uma diferença entre eles de 3 pontos. Tudo isto quando faltam 15 pontos por disputar.

A entrada em jogo dos azuis-e-brancos voltou, tal como em várias jornadas, a não ser a melhor. Dar avanço de 45 minutos ao adversário tem sido a sina da equipa de NES. E isso costuma pagar-se caro! Com esta postura, o FC Porto vai no 8º empate na prova. Aguardemos pelo fim da competição para fazermos uma avaliação, sem nunca esquecer as habilidosas e polémicas arbitragens verificadas.

Aos 6 minutos já se festejava o golo no Estádio Municipal de Braga. Os dragões, trôpegos, presos e sem ideias, não conseguiam explanar o seu futebol e viram o Sp. Braga a pressionar bem na frente, jogando futebol de régua e esquadro. Por isso, Pedro Santos inaugurou o marcador bastante cedo, o que tornou a tarefa portista mais difícil do que o que se esperava.


Sabendo que o líder tinha vencido no dia anterior, os azuis-e-brancos acusaram a responsabilidade de vencer este jogo e o golo sofrido veio complicar ainda mais o cenário. Os Dragões não conseguiam reagir e durante a primeira parte pouco ou nada fizeram de significativo. A excepção foi a grande penalidade que ficou por assinalar sobre Soares à passagem dos 25 minutos (mais uma para a conta).

Grande penalidade que já foi vista contra o FC Porto a fechar a primeira parte. Aqui já sem quaisquer dúvidas da parte do árbitro que viu uma bola no braço de Óliver. Pedro Santo tirou as medidas à baliza, mas acertou estrondosamente no poste. Com este lance, terminou a primeira parte e o FC Porto evitava o xeque-mate no campeonato.

As tentativas do FC Porto, no primeiro tempo, terminavam facilmente na defensiva arsenalista que apostava nas transições rápidas para surpreender o Dragão. Na primeira fase de construção, Danilo esteve muito trapalhão e não foram raras as vezes em que perdeu bolas em zonas perigosas. Esta intranquilidade reflectiu-se nos companheiros do meio-campo, mais concretamente em A. André e Óliver.

E para terminar a análise da primeira parte, tempo ainda para falar sobre a excessiva agressividade da parte dos minhotos, pactuado pela equipa da arbitragem que permitiu aos minhotos fazerem faltas atrás de faltas sem qualquer admoestação.

Ora muitas vezes é assim que se condicionam os jogos e se inclina o campo conforme as conveniências. Se as cartolinas fossem mostradas quando tiveram que ser exibidas, o Sp. Braga teria tido mais cuidado na abordagem aos lances e o FC Porto, quiçá, teria construído o seu jogo de forma mais produtiva.

A dualidade de critérios, no entanto, esteve presente no relvado, não fosse o árbitro tão lesto a exibir o primeiro cartão amarelo a Felipe ainda decorria o 2º minuto de jogo. Depois disso, deixou as cartolinas sempre guardadas no bolso para a equipa da casa. “Façam o que tiverem que fazer, estejam à vontade que eu não vejo nada.”


De regresso dos balneários, esperavam-se mudanças na equipa portista. Mas NES resolveu manter o onze. A equipa pouco conseguia produzir. Por isso, o treinador colocou Corona em campo e retirou Óliver aos 55 minutos. Foi então que os Dragões começaram a carburar e encostaram os arsenalistas às cordas.

O mexicano fez-se logo notar. Mal entrou, fez um cruzamento milimétrico para a cabeça de Brahimi mas este rematou muito mal frente a Matheus. Depois a dinâmica de jogo da equipa subiu de produção. A ala direita ganhou profundidade, ao contrário da primeira parte em que se via única e exclusivamente Maxi a fazer todo o corredor.

Foi sem qualquer surpresa que o FC Porto alcançou o empate aos 61 minutos. Na cobrança de um canto sobre a direita, A. Telles colocou a bola no coração da área onde apareceu Soares a repor alguma justiça no jogo.

O Sp. Braga, completamente asfixiado na sua defensiva, usava e abusava do jogo faltoso. Cartolinas amarelas para a equipa da casa viram-se apenas as flagrantes e uma delas foi mostrada a Cartabia por entrada assassina sobre A. Telles, quando a vermelha teria sido a adequada. Mas siga a música e o jogo porque o árbitro não vê nada.

Tanto que não vê que exibiu a cartolina vermelha a Brahimi no banco (não se percebeu a sua substituição de NES), perto do fim da partida por algo que não viu. No entanto, ela foi exibida porque o 4º árbitro deu a sinalética, dizendo que o argelino terá dito algo em francês, mas que não percebeu o que terá dito! Uau!

Vamos ver que castigo virá aí para Brahimi mas suspeito de um bom par de jogos. Desta forma, retiram de cena o jogador mais desequilibrador da equipa azul-e-branca da ponta final do campeonato. Isto faz-me lembrar a época 2009-10 quando Hulk foi afastado da equipa até o campeonato dessa época estar sentenciado.

E já nem vou abordar a grande penalidade sobre Felipe durante a segunda parte. Porque se para a Taça de Portugal em Chaves, ao FC Porto foram sonegadas duas iguais a esta, porque seria a de Felipe assinalada?


Danilo perdeu a última grande oportunidade da noite num lance ensaiado aos 86 minutos, cabeceando para a bandeirola de canto quando estava em frente à baliza. E a terminar, André Silva (apagadíssimo) lançado nas costas da defensiva do Minho, perdeu a oportunidade de rematar à baliza.

Com este empate, os Dragões somam 68 pontos, menos três do que o líder da classificação. Na próxima jornada, Domingo, os portistas recebem o Feirense no Dragão já conhecedores do resultado do jogo em que o líder vai cumprir no Sábado em Alvalade.

O FC Porto está, claramente, dependente do que o Sporting conseguir fazer frente ao líder. Em caso de derrota do líder, os Dragões saltam para a liderança ex-aequo com o rival se vencerem o Feirense. Os outros dois resultados do líder, deixarão as contas do campeonato praticamente resolvidas a favor do rival.

Notas finais.

Em primeiro lugar, dizer que o FC Porto empatou o jogo de ontem por culpa própria. Não foi capaz de entrar bem no jogo e sofreu um golo madrugador que condicionou e comprometeu o desenrolar do jogo. Mas isto não é inédito na equipa de NES. Além disso, os seus jogadores perderam oportunidades soberanas para desfazer o empate. Mas a incompetência e a falta de sorte não permitiram o golo da vitória.

Nesta fase da temporada, não há margem para erros e o FC Porto tem dado alguns “tiros nos pés” que podem comprometer irremediavelmente a conquista do campeonato.

Em segundo lugar, uma palavra para a equipa de arbitragem. Se o FC Porto perdeu dois pontos por culpa própria, a equipa de arbitragem teve também a sua cota de responsabilidade. Há uma clara intenção de ver um novo tetracampeão no futebol e por isso vale tudo. Desde beneficiar de auto-golos constantes, contratos celebrados com jogadores de equipas adversárias antes dos jogos, passando por árbitros com decisões escandalosas durante os encontros, até à influência em jogos de terceiros.


E ontem houve mãozinha, de forma a que o jogo fosse conduzido a preceito. E quando o árbitro quer condicionar uma equipa, é muito fácil. Se a quiser condicionar defensivamente, basta começar a mostrar cartões amarelos a torto e a direito. Se a quiser condicionar ofensivamente, o caminho é pactuar fortemente com o jogo faltoso e com o anti-jogo da equipa adversária.

Ontem verificou-se o segundo caso. Tirem as vossas ilações.

Por último, quero fazer aqui uma apreciação a certos adeptos do FC Porto. Passam da depressão à euforia e vice-versa num ápice.

Quando estava o FC Porto com a possibilidade de desalojar o líder do primeiro lugar há um par de jornadas, eram só frases como “vamos ser campeões”, “somos os maiores”, vamos para a frente e de lá já ninguém nos tira”, blá, blá… Veio o jogo com o V. Setúbal que em caso de vitória colocaria os Dragões na liderança. Correu mal, foi ver insultos, palavrões que aqui não posso reproduzir, já eram todos os nabos, etc, etc…

Ontem antes do jogo, o optimismo exacerbado estava patente e visível nestes adeptos bipolares. No fim do jogo, lá regressou de novo a depressão e um chorrilho de insultos e de impropérios. Vou aguardar pelo próximo Sábado, primeiro, e pelo dia seguinte, depois, para ver se a bipolaridade vai regressar em força. Faço votos para que não aconteça, mas prefiro esperar para ver.

Faço também aqui um forte apelo a todos. Não se precipitem. Continuem a apoiar a equipa até ao fim do campeonato. Nessa altura, critiquem, insultem, elogiem, soltem loas, façam o que quiserem. Mas, neste momento, do que a equipa precisa é de apoio constante mesmo quando as coisas correm mal ou quando jogam de forma, se quiserem, confrangedora.

Estão vivos, estão na luta, estão a 3 pontos da liderança mesmo contra todas as contrariedades. Faltam 5 jogos, vamos TODOS dar o nosso apoio para vencer esses jogos. Até lá, contenham-se. É um favor que fazem à equipa e a toda a navegação.




DECLARAÇÕES

Nuno: “Não nos rendemos”

O mau início e a boa resposta
“O início do jogo foi algo que nos preocupou. Sabíamos que ia ser um jogo difícil, com um SC Braga muito pressionante. Foi uma boa reação da equipa, mas sofrer o golo cedo condicionou-nos. Soubemos jogar, produzir, chegar à igualdade e procurar a vantagem, que era o que todos queríamos. Eles fizerem uma boa pressão, mas recorreram muitas vezes à falta. O início do jogo é mau, mas também ajustamos rápido e a segunda parte é toda nossa. Foi um bom trabalho dos jogadores, faltou um melhor critério. Estamos tristes, mas não acabou.”

A mudança estratégica durante o jogo
“Desde o princípio vamos analisando e vendo o rendimento dos jogadores. Todas as decisões são sempre muito pensadas e na procura do melhor. Já apresentámos várias vezes este modelo e mudámos durante o jogo. Com a entrada de Corona tivemos largura, mas quero destacar o grande jogo e grande capacidade de luta de todos.”

Luta pelo título continua
“​Os nossos adeptos que vieram hoje aqui fizeram-nos sentir como no Dragão. Nós estamos tristes também por eles, mas quero dizer-lhes que não acabou. Três pontos é uma derrota do nosso adversário e estamos na luta. Vamos lutar todos os dias. Como grupo não nos rendemos nunca. Temos que fazer o nosso trabalho, pois faltam cinco jogos e são muitos pontos.”



RESUMO DO JOGO

2 comentários:

  1. NES muito mal, oura vez !!! Quem quer ser campeão, não pode entrar assim num jogo como este!! Parecia o jogo com o Benfica !!! Falta de agressividade, equipa mal montada e sem qualquer fio de jogo na 1ª parte. Assim não se pode ser campeão. Depois o costume: nova arbitragem escandalosa. Penalties só para um lado, critério disciplinar incrível. Enfim ... Isto está já está tudo entregue. Só é pena, nós portistas inocentes ainda acreditarmos em milagres ao minuto 92.

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  2. Boa tarde, o mais evidente é que não temos equipa nem estofo de campeão! E depois, a estrutura diretiva, já não é o que era noutros tempos. Ajudar, o treinador também não tem qualidade suficiente para liderar uma equipa como o FCP. Nao entrar em euforias mas apenas na realidade. Perdemos mais um ano por culpa de quem manda que disse,em Abril de 2016, já andar a preparar esta época e depois aparecem Depoitres...
    Cumprimentos portista

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