21 março, 2017

CULPAS PRÓPRIAS, MAS NÃO SÓ.


Começo pelas culpas próprias. Na minha modesta opinião, domingo o FC Porto fez uma primeira parte aceitável, num nível bom, muito longe do excelente, mas uma exibição positiva com várias ocasiões de golo, uma bola à barra e um grande golo de Corona a fechar a primeira parte. Na segunda parte é verdade que a equipa entrou mal, adormecida, estranhamente a tentar controlar um jogo que já estava controlado, foram 10 minutos muito maus que tiveram uma duríssima penalização, na única vez que o setúbal rematou à baliza do FC Porto fez um golo, após uma escorregadela de um jogador que tem estado a um excelente nível esta época. A partir do golo sofrido foi tudo feito mais com o coração do que a cabeça, mesmo assim mais 3 ou 4 oportunidades de golo, mais uma bola à barra e um enorme sentimento de frustração. Ainda assim, o FC Porto fez mais do que suficiente para justificar outro resultado, pecou num aspeto onde ultimamente tem sido mortífero, na finalização.


Depois o fenómeno a que eu não chamaria anti-jogo mas sim anti-futebol, ou seja a negação da essência do futebol. Todas as equipas têm o direito de jogar num bloco baixo, é criticável mas totalmente legítimo, todas as equipas têm o direito de abdicar completamente do ataque colocando um autocarro de 5 andares à frente da grande área, é criticável mas totalmente legítimo. Algo completamente diferente é uma equipa passar 90 minutos (desde o 1º segundo de jogo) a tentar pura e simplesmente não jogar futebol, fingindo, simulando, enganando e enervando tudo e todos dentro e fora do terreno de jogo. Antes da meia-hora de jogo, o gr do setúbal foi assistido pela equipa médica três vezes, nos últimos 17 minutos, a equipa médica do setúbal entrou 5 vezes em campo. Contas por baixo, a equipa médica do setúbal entrou em campo pelo menos 8 vezes ao longo dos 90 minutos. Mais, a cada substituição do setúbal o jogador a ser substituído, caia no chão, pedindo logo assistência médica e durante praticamente 90 minutos (a exceção foram os 10 minutos que o setúbal esteve em desvantagem no marcador, em que ninguém precisou de assistência médica) vários jogadores constantemente a simular lesões a cada contacto e demoras de tempo em toda e qualquer reposição. Se isto tem algo a ver com futebol, vou ali e já venho!

Finalmente, a questão habitual neste campeonato. Até dou de barato que não quisessem marcar 2 dos 3 penalties que se fala, mas há um em que TODOS os jornais desportivos admitem que foi claro, o cometido sobre André Silva. Se isto me espanta? Não. A partir do momento em que uma série de bandalhos que fazem da paineleirice o seu modo de vida construíram o mito de que André Silva era um mergulhador, sempre à procura do penaltie, agora é muito provável que os penalties sobre o ponta-de-lança português continuem a não ser assinalados, sendo que valerá tudo até final da época, arrancar olhos, puxões e derrubes. Não se marcará qualquer penaltie porque o “André Silva é um mergulhador”.

Em conclusão, grande oportunidade que se perdeu para atingir a liderança mas reforço algo que me parece justo: o FC Porto fez mais que suficiente para ganhar o jogo, foi dura e injustamente penalizado por uma má entrada na 2ª parte, mas apresentou vários momentos com qualidade de jogo. Agora não resta outra alternativa do que lutar até à exaustão por um título que ainda é possível. O próximo jogo obviamente vai ditar muito do nosso futuro, para o bem ou para o mal. Dependemos apenas de nós próprios para sermos felizes em maio.

1 comentário:

  1. a silva e de fato um mergulhador, tem mais estilo que joga, falha golos de baliza aberta desde os juniores, que me interessa a mim que um avançado se mate a correr e a defender e depois nao esta la para marcar?? asilva e o exemp,o de como a formaçao do porto esta errada, ve se os juniores e a equipa B jogar e e mais do mesmo, fisicamente frageis, lentos, muito passesinho e claro resultador miseraveis para alem de nao conseguirem colocar um jogar a serio na A.

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