16 fevereiro, 2017

EXIGÊNCIA.


1. Não vou escrever demoradamente sobre jornalistas (?) cuja carreira não obedece a critérios deontológicos, mas sim a outros mais ligados ao espectáculo pantomineiro.

Deixo no entanto a constatação de que anos depois de se ter transformado num dos bonecos ao serviço do regime para nos trazer todas as novidades chocantes do apito dourado (a par com o ex-marido, um “leixonense” de gema) eis que a figura reaparece, sempre pronta para satisfazer os interesses do dono, o famigerado Correio da Cofina. Da personagem não vale a pena falar muito. Felizmente foi inventada a Internet e os seus motores de busca, onde podemos fazer pesquisas com “nome da personagem + apito dourado” e perceber ao pormenor de quem estamos a falar. Curiosamente também aparece isto AQUI, um ponto a seu favor mas que, vá se lá saber porquê, há muito saiu da agenda.

Terminada a breve nota, fica um recado sobretudo para as nossas figuras mais mediáticas: toda a atenção é pouca para desmontar estas armadilhas sempre apontadas ao FC Porto. Caso queiram mesmo ajudar o Clube convém estudarem os dossiers e não se limitarem a enveredar por posturas politicamente correctas quando está em causa o “trabalho” de uma série de agentes provocadores.


2. Um ponto apenas separa o actual primeiro classificado e o FC Porto, o tal que ia lutar com o Braga pelo 3º lugar. Um ponto, com três ainda para disputar em confronto directo num terreno onde raramente perdemos, o que significa que numa fase complicadíssima, após (mais) um empate comprometedor em Paços de Ferreira, conseguimos encurtar distâncias com importantíssimas vitórias em jogos como os 2 últimos, somadas a deslizes pouco naturais do ainda líder.

E agora? Bem, faltam disputar 13 jogos, que tem de ser encaradas como autênticas finais rumo a um objetivo: fazer com que o já consagrado tetra campeão (sim, lembram-se da festa no Dragão?) seja devolvido ao seu lugar natural dos últimos 30 anos. Pede-se no entanto aos Deuses do Futebol que diminuam um pouco o nível de sorte do rival, que na passada terça-feira atingiu valores quase inultrapassáveis.

3. Não tenho escrito muitas vezes sobre outras modalidades, mas isso não significa um menosprezo sobre as mesmas. O Futebol, evidentemente a força motriz do FC Porto, tem-nos consumido muito tempo mas isso não significa que as atenções não estejam também voltadas para os atletas que representam o Clube fora dos relvados.

No Andebol vivemos um momento inolvidável na passada semana, mais um que esta modalidade nos proporcionou. Jogos como o que disputamos com o Sporting são evidentemente a excepção pelo improvável que aquela recuperação representa, no entanto evidencia aquilo que mais gostamos de ver numa equipa que enverga as nossas cores: quem nunca desiste de lutar fica mais perto de conseguir o improvável.

O ciclo de vitórias foi entretanto quebrado mas a época continua, sabendo de antemão que mesmo sem playoffs temos de estar focados para não repetir o final do temporada passada.

No basquetebol a época tem tido alguns altos e baixos, naturais para uma equipa que sofreu com lesões e algumas indefinições, contudo na competição mais importante o barco continua a remar para bom Porto. Apesar das dificuldades e mesmo sabendo que dificilmente teremos um reforço como Troy DeVries para desequilibrar claramente a balança, confio plenamente no labor de Moncho e dos seus pupilos para vencer um Benfica que estará (apesar dos recentes deslizes) mais sólido neste playoff, bem como outros adversários que cada vez mais se aproximam do nível dos crónicos candidatos.

No Hóquei a história tem sido, a meu ver, um pouco diferente… Apesar do indiscutível talento e do facto de termos um grupo de trabalho que está junto há 1 ano e meio os erros vão se repetindo, sendo que quando entramos em pistas mais complicadas parece que se apodera da nossa equipa uma atitude fatalista, consubstanciada numa espécie de medo em ser feliz que podemos verificar na maneira como (não) reagimos quando estamos em vantagem, esperando sempre pela recuperação dos adversários sem ter a coragem de lhes infligir um golpe definitivo.

Não sou um conhecedor profundo da modalidade por isso escuso-me a comentar aspectos técnicos ou tácticos. Muito menos serei meramente resultadista ou apenas impaciente, dai que não tenha abordado este assunto há 1 ano atrás, após uma época muito complicada. Sendo certo que um ciclo acabou e estamos ainda a trabalhar para começar um novo, parece-me no entanto preocupante que nos jogos fora com Sporting, Benfica, Óquei de Barcelos e mesmo em Barcelona a nossa equipa tenha sido dobrada com relativa facilidade, exibindo uma falta de intensidade competitiva e nervo que não augura grandes feitos.

Sejamos claros: a responsabilidade estará, como não podia deixar de ser, em todo o grupo de trabalho, onde poderá estar a faltar o espírito que tinham jogadores como Reinaldo Ventura ou Tó Neves. Seja por este ou outro facto, a verdade é que façanhas como a célebre virada no Candelária parecem coisas de um passado muito distante, sendo que do banco tem surgido um discurso muitas vezes demasiado complacente e de alguma forma algo acomodado a esta situação de equipa em construção.

Sei bem quem tem a equipa mais apetrechada e é necessariamente o maior candidato à conquista de todos os troféus. Não concebo é que eles o façam num contexto de uma falta de comparência do FC Porto!

O tempo é portanto de cerrar fileiras e tentar queimar rapidamente algumas etapas, na certeza de que só assim poderemos aspirar a atingir algum dos objectivos ainda em aberto nesta modalidade tão querida dos Portistas.

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