01 novembro, 2015

TEMOS DE SER, DE UMA VEZ POR TODAS, PORTO.

http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/

Ao contrário do que vi praticamente um pouco por todo lado, desde comentadores a jornais, passando por blogs e por conversas com amigos, tenho para mim que a exibição do FCPorto na segunda parte do jogo com o Braga foi forte. Bastante forte.

Jogo fluido, trocas posicionais interessantes, movimentações, espaços, trocas de bola rápidas, variações de flanco com grande regularidade.

André André oferecia objetividade. Corona emprestava vigor na ala. Aboubakar criava perigo (aquele perigo atabalhoado que o Camaronês nos vai habituado). Bueno entrou para jogar nos espaços e aproveitou as oportunidades. Imbula rasgava pelo meio. Rúben trouxe clarividência.

Não criamos oportunidades de golo claras, daquelas em que é só empurrar, em abundância - é um facto.

Mas criámos jogadas de perigo e de golo iminente.

Falhámos o objectivo de alargar a distância para o SLB e de não deixar o Sporting descolar.

Mas, neste caso, penso que mais por mérito defensivo do Braga do que propriamente por demérito da turma de Lopetegui.

Isto posto, não obstante me parecer que este empate não é, em si, motivo de especial preocupação, a verdade é que a equipa não costuma render nos momentos em que um adversário direito perde pontos.

Um candidato a campeão tem, necessariamente, de vencer quando os adversários perdem. Tem de aguentar essa pressão. Mais: tem de querer essa pressão. É esse estado de coisas que permite o candidato a campeão sagrar-se, efectivamente, campeão.

Bloqueio mental?

Em caso afirmativo, começa a ficar difícil de acreditar que Lopetegui tem aquilo que é preciso para reverter a situação.

Este ano temos jogadores mais experientes. Casillas, Maxi, Layún.

Mesmo assim seremos confrontados com mais momentos destes?

Penso que não há espaço para mais deslizes como este, por muito que, no jogo jogado, as coisas até não tenham sido assim tão más.

Não aproveitar, nas próxima semanas, um deslize do Sporting, seria, a meu ver, imperdoável.

Temos de ser, de uma vez por todas, Porto.

Pedro Ferreira de Sousa

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