12 setembro, 2015

ANDRÉ ANDRÉ NA ESTREIA DE SONHO DE CORONA.

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AROUCA-FC PORTO, 1-3

Primeira Liga, 4ª jornada
Sábado, 12 Setembro 2015 - 20:45
Estádio: Municipal de Arouca
Assistência: -


Árbitro: João Capela (Lisboa).
Assistentes: Ricardo Jorge Santos e Tiago Rocha.
4º Árbitro: Bruno Jesus.

AROUCA: Bracalli, Jaílson, Sema Velázquez, Hugo Basto, Lucas Lima, Nuno Coelho, Nuno Valente, David Simão, Artur, Roberto, Zequinha.
Suplentes: Rui Sacramento, Gegé, Tomás Dabó, Adilson Goiano, Nildo Petrolina (73' David Simão), Leandro (55' Zequinha), Maurides (61' Jaílson).
Treinador: Lito Vidigal.

FC PORTO: Casillas, Maxi Pereira, Maicon, Marcano, Layún, Rúben Neves, Imbula, André André, Corona, Aboubakar, Brahimi.
Suplentes: Helton, Martins Indi, Dani Osvaldo, Tello, Herrera (70' Imbula), Danilo (55' Brahimi), Bueno (87' Corona).
Treinador: Julen Lopetegui.

Ao intervalo: 0-1.
Marcadores: Corona (15', 61'), Aboubakar (71'), Maurides (83') .
Disciplina: cartão amarelo a David Simão (6'), Layún (21'), Brahimi (23'), Marcano (35'), Imbula (65'), Rúben Neves (68'), Maxi Pereira (80').

O FC Porto deslocou-se a Arouca com o propósito de vencer e manter a liderança. Com o apoio maciço de adeptos que encheram praticamente o campo do adversário cujo relvado parecia um batatal, os Dragões realizaram uma boa exibição e um excelente ensaio para o jogo com o Dínamo de Kiev na próxima 4ª feira.

Como tenho vindo a defender, Julen Lopetegui finalmente fez mudanças que se pediam há mais tempo. Rúben Neves e André André começaram o jogo, completando o meio-campo com Imbula que esta noite já mostrou algo do que pode dar a esta equipa. O meio-campo portista carburou muito melhor.

Rúben Neves, com a capacidade que tem para circular a bola que Danilo não tem, começou algo nervoso mas depois acertou e realizou uma boa exibição.

André André, o nosso Iniesta, está em todo o lado. Atrás, ao meio, nas alas, à frente. É, neste momento, um jogador essencial nesta equipa. Esteve em dois golos e participou nas jogadas mais perigosas da equipa.

Imbula sentiu-se mais confortável para desenvolver o seu futebol. Sem deslumbrar, o francês já deu um ar da sua graça com duas ou três arrancadas, parecendo uma locomotiva a todo o vapor. Com mais algumas semanas a trabalhar e com os parceiros certos no meio-campo, teremos aqui o principal impulsionador da equipa.

Por fim, as estreias dos mexicanos Layun e Corona. O primeiro cumpriu com o que se lhe pedia. Jogador rápido, raçudo, com dois bons pés, foi possível vê-lo fazer todo o corredor esquerdo portista. Além disso cruza bem e tem um bom pontapé.

Jesus Corona, que bela surpresa! Que melhor estreia poderia ter o jovem mexicano? Com dois golos e quatro remates, Corona combinou muito bem com Aboubakar na frente de ataque e revelou-se um perigo constante para a baliza contrária. Um desequilibrador nato que joga muito bem com os dois pés, revelou ser um jogador rápido. Se Tello apurar a sua forma, poderemos ter duas setas nas alas que poderão dar muitas alegrias aos adeptos.

O FC Porto teve uma boa entrada no jogo, apesar das condições do relvado. Até um passe rasteiro de Maxi foi parar ao peito de Aboubakar. Incrível! Parecia que estávamos a jogar futebol de praia, por vezes não se sabendo onde a bola iria parar.

Até ao primeiro golo, os Dragões tiveram uma exibição de encher o olho. Com jogadas rápidas, com muitas trocas de bola, os portistas chegavam com relativa facilidade à baliza adversária. Destaco a presença de André André em todo o campo (lembrou-me um pouco o seu pai) e a combinação quase perfeita entre Aboubakar e Corona, parecendo jogar juntos há mais tempo. Por outro lado, Brahimi teve a tendência para procurar zonas interiores e não se deu lá muito bem, obrigando André André a descair para a ala esquerda não rara vezes.

Aos 15 minutos, em mais uma das muitas triangulações entre Corona e Aboubakar, o FC Porto chegou ao golo. Mas que bela jogada! Corona desmarcou Aboubakar na área e este de costas para a baliza e descaído sobre a direita, assistiu de calcanhar o mexicano que só teve que atirar para a baliza. Após o golo, o caudal ofensivo dos Dragões diminuiu e o FC Porto procurou trocar a bola de pé para pé, controlando o jogo.

Até ao intervalo, houve uma outra situação de algum perigo, com o Arouca a tentar incomodar Casillas mas o melhor que conseguiu foi um remate à figura do guardião portista.

No reatamento, quando se esperaria uma entrada inicial da equipa da casa, foi o FC Porto que teve uma boa resposta ainda mais incisiva do que no início do primeiro tempo. Dessa postura iria resultar o 2º golo da partida. Estavam decorridos 61 minutos quando André André (quem havia de ser?) rematou fortíssimo de fora de área para defesa de Bracalli. Este defendeu para a frente e Corona só teve que encostar. O jogo estava praticamente resolvido.

Não satisfeitos com a vantagem, os Dragões continuaram a carburar o sentido de obter mais golos. Aos 71 minutos, Rúben Neves fez uma assistência primorosa para André André que se desmarcou na grande área. Este, com um toque de grande classe, colocou a bola à boca da baliza onde Aboubakar só teve que encostar. Para a noite ficar completa, faltava ao camaronês picar o ponto. E ele aconteceu.

Nem mesmo o tento de honra obtido por Maurides ao minuto 83 estragou a bela exibição portista. O FC Porto saiu de Arouca com os três pontos no bornal e com a liderança isolada na Liga NOS.

De registar que, durante a 2ª parte, Lopetegui operou algumas substituições que mudaram um pouco o figurino da equipa. Danilo Pereira e Rúben Neves jogaram juntos no meio-campo. Com a entrada de Danilo, Rúben Neves pôde subir um pouco mais no terreno nas incursões à baliza contrária, apoiando Imbula. Por sua vez, André André descaía para a ala esquerda com mais frequência após a saída do apagado Brahimi.

Em situações de organização defensiva, o meio-campo portista passava para 4 elementos, com André André a recuar para o miolo. Um ensaio para Kiev? Fica a dúvida.

Herrera e Bueno entraram exclusivamente para refrescar o meio-campo e dar algum descanso para 4ª feira.

Na próxima 4ª feira, o FC Porto regressa a Kiev pela quarta vez no seu historial onde nunca perdeu. Depois de vencer por 2-1 na Ucrânia em 1987 que acabaria com a gloriosa conquista da Taça dos Campeões Europeus em Viena, os Dragões repetiram o mesmo resultado em 2008-09 sob o comando de Jesualdo Ferreira. Em 2012-13, então comandados por Vítor Pereira, os portistas conseguiram um nulo.

Deseja-se pois que a tendência se mantenha. É importante começar bem a fase de grupos da Champions League.



DECLARAÇÕES

Lopetegui: “Merecemos os três pontos”

Na antevisão do Arouca-FC Porto, Julen Lopetegui garantiu que a equipa de Lito Vidigal era o único foco dos Dragões, algo que, no entender do técnico portista, ficou bem patente no triunfo por 3-1 alcançado pelos azuis e brancos no Estádio Municipal de Arouca, em jogo relativo à quarta jornada da Liga NOS. Para Julen Lopetegui, a vitória do FC Porto foi justa e com “muitos momentos” de bom futebol.

“Temos que estar focados em cada jogo e neste não foi diferente, até porque defrontámos uma equipa de qualidade, num campo complicado. Fizemos o que tínhamos de fazer e creio que realizámos um bom jogo, concentrados e a jogar bem em muitos momentos. Sentimos algumas dificuldades lógicas perante uma boa equipa, mas merecemos os três pontos e não jogámos a pensar em Kiev ou no Benfica”, afirmou o técnico espanhol após o terceiro triunfo do FC Porto na Liga NOS, que permite aos Dragões assumir provisoriamente a liderança isolada da prova.

Elogiando a prestação dos estreantes Layún e Corona, Julen Lopetegui manifestou a convicção de que esta equipa do FC Porto vai continuar a crescer e a fortalecer-se com o desenrolar da época. “Utilizámos os jogadores que temos da maneira que consideramos oportuna e creio que tanto o Layún, que chegou 48 horas antes, como o Corona fizeram um bom jogo e estiveram à altura das exigências. Estamos à procura de uma estabilidade e há muitos jogadores novos, mas estou convencido de que vamos fazer uma boa época, jogar bom futebol e conquistar títulos”.



ARBITRAGEM



RESUMO DO JOGO

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