11 agosto, 2014

A IMPORTÂNCIA DE AGOSTO.

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De um modo geral o mês de agosto reveste-se sempre de grande importância para a época de qualquer clube, as entradas, as saídas, os conceitos apreendidos, o diagnóstico correto dos pontos fracos, a procura de soluções para resolver os problemas que virão, etc, etc.

Este ano, por força do desastre da época anterior, o FC Porto vê-se obrigado a disputar o playoff de acesso da prova milionária, algo muito pouco comum para um clube habituado a entrar diretamente na “liga dos milhões”. Foi há 12 anos, na longínqua e também de má memória época 01/02, que o FC Porto foi obrigado a ultrapassar 2 pré-eliminatórias para atingir a fase de grupos da Champions League (CL), na altura os adversários foram o Barry Town e o Grasshoppers.

As próximas semanas são de uma importância vital para o futuro próximo do clube, bem como para o projeto que Lopetegui se prepara agora para iniciar no clube. É por demais conhecido o impacto económico e também desportivo (valorização de jogadores, notoriedade da marca FC Porto, etc) de uma competição como a CL. Num clube com o orçamento do FC Porto, inserido num país periférico com enormes dificuldades económicas, então esta competição torna-se mesmo fundamental para manter o investimento que ano após ano tem mantido o FC Porto na liderança do futebol nacional, bem como as excelentes participações europeias ao longo dos anos. Apenas a participação na fase de grupos vale 8.6M€, cada vitória 1M€ e cada empate 0.5M€. Ou seja, excluindo proveitos de direitos televisivos, bilheteira e publicidade, considerando apenas prémios diretamente relacionados com a performance desportiva uma passagem aos oitavos vale um total de prémios de mais de 15M€. Juntando as restantes receitas, fica evidente que as dezenas de milhões de € desta competição são um autêntico balão de oxigénio que nenhum clube deve desperdiçar.

Na minha opinião, a abordagem de Lopetegui ao playoff deverá seguir uma linha que assegure essencialmente uma coisa: que o FC Porto se apresente como uma equipa consistente, equilibrada, com mínimo entrosamento entre os jogadores. Nesta fase inicial da época, não é de esperar que o futebol jogado pela equipa seja de grande qualidade, com óperas e goleadas. Não foi assim com o FC Porto de Mourinho, com o de AVB, nem com nenhum outro FC Porto vitorioso, obviamente não será assim com o atual FC Porto. Mal estaríamos se o nosso pico de forma fosse atingido em agosto.

Outra situação que Lopetegui terá de medir bem é a falta de entrosamento entre elementos que chegaram há poucas semanas e que por isso não se conhecem bem dentro de campo. Para combater isto, o técnico espanhol terá de aproveitar o que de bom já existe no plantel (e existe mesmo!) e adicionar alguma qualidade que entretanto veio. Nesta altura colocar 5 ou 6 jogadores novos, por melhores que sejam, não ajudará o entrosamento da equipa, por mais que nestas 2 semanas haja um melhor conhecimento entre os jogadores. Para mim o indicado seria por exemplo trabalhar num onze, e os jogos em Inglaterra serão importantes para isso, com mínimo entrosamento e conhecimento entre si. Por exemplo, utilizar Fabiano, Danilo, Alex e Maicon na defesa; Herrera e Quintero no meio-campo; Quaresma e Jackson no ataque; A estes 8 adicionar 3 reforços que realmente acrescentem algo nesta altura, por exemplo Martins Indi na defesa, Casemiro no meio-campo e Tello na outra ala. Penso que este seria um onze à altura do importante desafio do playoff da Champions League, estejam estes jogadores em forma minimamente aceitável, quer física, quer psicologicamente.

Neste momento, apenas resta-me esperar que se esteja a trabalhar muito e bem para os lados do Dragão. E que, jogando bem, mal, através de penalties ou da moeda ao ar se ultrapasse o importante playoff que temos pela frente. Neste meu último post antes de férias, aproveito para desejar a todos os leitores e colaboradores deste blog votos de boas férias de verão, agradecendo a todos os que habitualmente me leem!

PS: Sublinho que não conheço ninguém da estrutura do clube, não faço ideia da fase em que se encontram nenhum dos processos pendentes, nem tenho conhecimentos suficientes na área da gestão desportiva, mas deixo algumas “humildes” questões para reflexão dos meus estimados leitores: valerá a pena manter um braço de ferro com Rolando que acabará com a saída do internacional português a custo zero? O Inter dá 3 ou 4M€, pois acho que sempre é melhor 4M€ hoje, do que um jogador a vegetar durante 1 ano e sair a custo zero… Valerá a pena andar a regatear por Defour, um jogador que NUNCA deu à equipa o acrescento de qualidade que se exige a um jogador do FC Porto? Ninguém dá mais que 5M€ por ele, acho eu… Varela deve ter a sua situação resolvida o mais cedo possível, mesmo que também apenas se consigam 4 ou 5M€ com o internacional português… Com a saída destes 3, seria um alívio na folha salarial, e pelo menos um encaixe de cerca de 15M€…

4 comentários:


  1. @ RCBC

    vou-me centrar no teu pertinente post scriptum, principiando pelo seu final: àquele teu valor (15M€) deveremos deduzir as respectivas comissões... :D

    depois, mais do que um alívio na folha salarial - que, em tempos de crise, será sempre bem-vindo, e ao qual a SAD do Clube está atenta -, considero que:
    (1) no caso do Rolando é uma posição de força e um alerta - mais um... - para o plantel desta época; de facto, recordo as palavras do nosso querido líder a 03 de Julho: «O objectivo é trabalhar com a máxima seriedade e rigor. [Queremos] formar grupo de atletas que esteja aqui a 100%. Não podem estar aqui e a pensar que vão para aqui ou para acolá. Quem não estiver a 100% não estará». aliás, é uma posição de força idêntica à mantida com o Fucile, na época passada.
    (2) em relação ao Defour, há muito que mantenho que já deveria ter saído - apesar de compreender a posição da SAD, com a hipótese de uma possível e hipotética valorização no Mundial [pleonasmo propositado], que não se verificou (pois a sua estreia ficou marcada a vermelho vivo...). porém, acho que, neste caso, não se trata de uma posição de força, antes de obter um retorno satisfatório por um jogador que custou 7,85M€ (valor que consta no 'Relatório Consolidado' de 2012/2013, a pág. 57).
    (3) quanto ao 'drogba da Caparica', acredito que se deva tratar de uma questão de gestão desportiva - penso que o jogador não deverá aceitar qualquer campeonato.

    abr@ços
    Miguel | Tomo II

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  3. Caro Miguel,

    Compreendo aquilo que diz em relação aos casos citados… Ainda assim, e mesmo sabendo que jogar ao totobola às 2ªas feiras é mais fácil, é incontornável nos lembrarmos que:

    1) Quer Rolando, quer Fucile, já poderiam ter sido vendidos com muito lucro para o clube… Fucile após o excelente mundial de 2010 estava valorizado e já nessa altura tinha imensas diarreias mentais em campo….

    2) Rolando após o ano de AVB poderia ter sido vendido por mais de 10M€… Não foi e acabou por se tornar um dos cancros do balneário que tornaram a vida VP um inferno…

    3) Acho que as posições de força e alerta são obviamente importantes… Aliás a disciplina foi um dos vetores fundamentais que levaram a que o FC Porto se tornasse num dos maiores da Europa… Mas… o numero crescente de jogadores que saem a custo zero, quando podiam ser vendidos em alturas anteriores, não é bom para as contas de uma SAD já de si em dificuldades…

    Sinceramente, reitero que é muito importante resolver todas essas situações e outras (Kléber, talvez Carlos Eduardo ou Evandro, um deles terá de sair) até ao final de agosto… As contas assim o obrigam.

    Abraço

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  4. Já agora, um aparte ao post que não me foi possível fazer pela saída da notícia de Mangala apenas esta 2ª feira…

    Excluindo custos comissões, algo que não é comunicado às CMVMs, o resumo de vendas e saídas é este:

    Aquisições (excluindo comissões):

    Martins Indi = 7.7M€
    Adrián = 11M€
    Tello = 2M€
    Brahimi = 6.5M€
    Andres F. = 1.7M€
    Marcano = ?

    TOTAL = 28.9M€

    Saídas (valor do encaixe para o FC Porto):
    Fernando = 15M€
    Iturbe = 6.8M€
    Castro = 2M€
    Mangala = 30.5M€
    James = 1.2M€
    Tiago Ferreira = 0.3M€

    TOTAL = 55.8M€

    RESUMO: O FC Porto encaixou quase 56 milhões de Euros com saídas de jogadores (sem contar com saídas que ainda ocorram)… O FC Porto gastou quase 29M€ com aquisições de jogadores (sem contar com mais alguma vinda)… O saldo dá cerca de 27M€ entre o que se vendeu e o que se gastou… Basicamente, o FC Porto encaixou quase o dobro do que gastou…

    Mas… irão continuar as carpideiras nojentas, os anormais do dia seguinte, os atrasados do prolongamento e demais gentalha porca, a falar na “roleta russa”, no alto risco que o investimento representa para a SAD do FC Porto, etc, etc… Quando na realidade a “roleta russa” se calhar seria investir 30M€ e manter todo o plantel e respetiva massa salarial, como por exemplo um clube fez no ano passado…

    É importante que pelos menos os Portistas não se deixem enganar por argumentos de anti-Portismo primário e básico, veiculados por macacos ordinários, que apenas têm o objetivo que todos nós sabemos…

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