05 janeiro, 2014

2º Treino da época à porta aberta

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FC Porto-Atlético, 6-0

Taça de Portugal 2013/2014, oitavos-de-final
04 de Janeiro de 2014
Estádio do Dragão, Porto
Assistência: 20.117 espectadores


Árbitro: Jorge Tavares (Aveiro).
Assistentes: José Oliveira e Luís Castainça.
4º Árbitro: António Costa.

FC PORTO: Fabiano, Ricardo, Otamendi, Reyes, Alex Sandro, Defour, Lucho González, Josué, Varela, Kelvin e Jackson Martínez.
Substituições: Danilo por Alex Sandro (46m), Herrera por Lucho González (60m), Ghilas por Jackson Martínez (69m).
Não utilizados: Bolat, Mangala, Fernando e Licá.
Treinador: Paulo Fonseca.

ATLÉTICO: Leão, Pedro Caipiro, Fábio Marinheiro, Eridson, Luís Dias, Bijou, Taira, Marco Bicho, João Mário, Bacar e Silva.
Substituições: Pedro Moreira por Marco Bicho (65m), Marco Antunes por Bijou (65m), Bernardo por João Mário (82m).
Não utilizados: Jonas, Hugo Carreira, Fábio Oliveira e Rui Varela.
Treinador: Manuel Gomes.

Ao intervalo: 2-0.
Marcadores: Varela (24m), Defour (37m), Fábio Marinheiro (ag, 47m), Varela (73m), Otamendi (75m), Kelvin (90m).
Disciplina: Cartão amarelo para Silva (66m).

Hoje tive duas contrariedades com a qual não contava. Aliás, uma das contrariedades aconteceu ontem com a desconvocatória, se assim se pode dizer, de Ricardo Quaresma, regressado recentemente ao clube onde teve os melhores anos da sua carreira. O certificado internacional do jogador não chegou a tempo e o extremo português não pôde estrear-se.

A segunda contrariedade surgiu hoje às 18:00. Davam a informação de que o FC Porto jogaria no Estádio do Dragão o acesso aos quartos-de-final da taça de Portugal frente a uma equipa lisboeta de nome Atlético. Este adversário, diga-se de passagem, há sete anos atrás cometeu a proeza de eliminar a equipa portista no mesmo estádio. Mas quando bateram as 18:00 fiquei com a nítida sensação de que iria assistir a novo treino à porta aberta. E essa sensação tornou-se uma realidade à medida que o tempo passava. O que vi foi uma equipa do FC Porto, com apenas 4 prováveis titulares para o próximo jogo, frente a 11 mecos vestidos de branco.

De facto, o Atlético foi a pior equipa que passou no Estádio do Dragão esta época e nas épocas anteriores. Uma equipa muito fraca que milita na 2ª liga, nos últimos lugares e que revelou todas as fragilidades desde o início do jogo. Não fez um remate de registo à baliza azul e branca e nunca saiu do seu meio-campo.

O FC Porto entrou sem 7 titulares prováveis para o jogo da próxima jornada no Estádio da Luz. Com um 4x3x3, o FC Porto apresentou na retaguarda o guarda-redes Fabiano no lugar de Helton, Ricardo fez o lugar de Danilo, a dupla de centrais formada habitualmente por Maicon e Mangala foi substituída pela dupla Maicon-Reyes e só Alex Sandro manteve o posto. No meio-campo, Defour surgiu no lugar de Fernando, Josué no de Carlos Eduardo e só Lucho se manteve nesta zona. Na frente Jackson e Varela surgiram no figurino como é habitual e Kelvin entrou para o lugar de Licá.

O jogo não teve muita história. O FC Poto limitou-se a passear e a trocar a bola no meio campo do Atlético, desenhando aqui e acolá algumas boas jogadas de entendimento. A velocidade imprimida no jogo não foi muita mas também não era necessário perante tão modesto e triste adversário. Antes do primeiro golo, Jackson Martínez teve ensejo de alvejar a baliza lisboeta por três vezes, numa delas enviou uma boa à trave com grande estrondo.

O primeiro golo era inevitável com o decorrer dos minutos e adivinhava-se à distância. Surgiu aos 24 minutos por Varela num remate cruzado sobre a direita na grande área. O guarda-redes do Atlético ficou mal na fotografia. Aliás o guarda-redes alfacinha revelou-se sempre muito nervoso durante todo o jogo. Aos 37 minutos, Kelvin teve uma boa jogada na direita, cruzou para a área onde surgiu Defour a antecipar-se ao guarda-redes contrário e fez o 2º golo. O intervalo chegava mas o 2-0 era demasiado lisonjeiro para o Atlético.

Ao intervalo, Alex Sandro ficou nas cabinas e para o seu lugar entrava Danilo numa estratégia clara de gestão operada por Paulo Fonseca. O jogo ainda foi mais simples do que na 1ª parte. Logo a abrir, aos 47 minutos, Varela ensaiou um cruzamento do lado direito do ataque, Jackson e Kelvin fizeram-se ao lance e Marinheiro, jogador do Atlético, desastradamente introduziu a bola na baliza. O jogo terminou e a partir dali cumpriu-se apenas tempo e calendário tal como mandam os regulamentos.

A jogar de uma forma calma, pausada e de pura gestão, o FC Porto lá ia trocando a bola, ensaiando uma ou outra jogada e Paulo Fonseca decidiu retirar mais dois titulares com bastantes minutos esta época: Herrera entrou para o lugar de Lucho e Ghilas para o lugar de Jackson. Este jogo, autêntico treino de ano novo, dava para tudo.

Aos 73 minutos surgiu o 4-0 por Varela que bisou de cabeça após uma jogada confusa na grande área. O 5-0 não tardou a chegar. Dois minutos depois num livre superiormente cobrado na direita por Josué, Otamendi desviou a bola do guarda-redes contrário. Algumas oportunidades foram ainda desperdiçadas, nomeadamente por Ghilas após cruzamento da esquerda de Danilo. Aos 90 minutos, num slalom pela meia direita, Kelvin fez o 6-0 com o pé direito num remate colocado à entrada da área.

O FC Porto está nos quartos-de-final da taça de Portugal. No próximo Domingo, regressa a liga portuguesa. Os portistas deslocam-se ao Estádio da Luz para cumprir a última jornada da 1ª volta e para, obviamente, trazer os 3 pontos.



DECLARAÇÕES

PAULO FONSECA

Na conferência de imprensa que se seguiu à goleada sobre o Atlético (6-0), Paulo Fonseca mostrou a sua satisfação com o rendimento da equipa e, em especial, com os jogadores menos utilizados, que tiveram desta vez hipótese de mostrar o seu valor. A gestão do esforço feita pelo treinador, que dispensou Jackson, Lucho e Alex Sandro de cumprir os 90 minutos, deixa também boas perspectivas para o clássico com o Benfica.

“Claro que estou satisfeito com o resultado e a exibição, especialmente com a seriedade e determinação que evidenciámos aqui. Também estou satisfeito pela prestação dos jogadores menos utilizados. Obviamente, não poderia estar mais satisfeito”, afirmou o técnico.

Inquirido sobre rendimento de Kelvin e Reyes, Paulo Fonseca admitiu que a sua prestação foi “muito bem conseguida”, mas não foram os únicos a merecer elogios: “Isso aplica-se também a outros que não têm jogado regularmente, casos do Ricardo e do Defour. Fiquei obviamente satisfeito com a resposta deles”.

A antevisão do clássico frente ao Benfica (agendado para 12 de Janeiro, às 16h00) mereceu ainda breves palavras. “A gestão física feita abre boas perspectivas. A verdade é que com o desenrolar do encontro foi permitido gerir essa questão com alguns jogadores, casos do Jackson, Lucho e do Alex Sandro. O nosso objectivo era resolver na primeira parte para gerir o jogo. Isso foi conseguido e torna as coisas mais fáceis a esse nível”, declarou.

RICARDO

Em declarações ao Porto Canal, Ricardo declarou-se satisfeito pela sua prestação a lateral-direito: “O importante era jogar e tenho a noção de que estes jogos são bons para o meu crescimento. Penso que tive uma boa prestação, numa posição em que tenho treinado e que no futuro pode dar frutos. Creio que a equipa jogou bem, pois entramos fortes e concentrados, não tendo dado hipóteses ao adversário”.

KELVIN

O jovem avançado Kelvin, por seu turno, realçou a sua satisfação pela vitória gorda contra a equipa da Tapadinha: “Estou feliz porque fiz o jogo todo, porque saímos com uma vitória e porque marquei um golo. Provámos que estávamos focados neste encontro, principalmente após o período de mini-férias depois do jogo com o Olhanense e do jogo da Taça da Liga. Demonstrámos que estamos prontos para cumprir os nossos objectivos”. Com o contributo do brasileiro, claro: “Desde o início da época que estou à procura do meu espaço na equipa e sempre que o treinador me chamar vou tentar demonstrar que posso ser uma solução. Fico muito feliz com o apoio do público, ajuda na minha confiança”.

REYES

Por fim, o central Reyes foi comedido e realista: “O mais importante foi a equipa ter ganho. Fiquei muito contente por ser titular e por jogar os 90 minutos. Tenho aprendido muito aqui e vou continuar a trabalhar para ser uma boa opção para o treinador”. Segundo o mexicano, o futuro é risonho: “Esta equipa está formatada para grandes coisas e é importante que continuemos a trabalhar para chegar aos nossos objectivos”.



RESUMO DO JOGO

1 comentário:

  1. Em relação ao jogo, não me pronuncio pois não vi.
    Mas em relação à prestação dos mais jovens, é o costume... Se não jogarem, não evoluem e não rendem.
    Devia haver um crescimento sustentado destes jogadores, tendo minutos em jogos a doer, e irem entrando progressivamente, desde jogos resolvidos - para ganharem confiança - até outros mais duros,já com mais rodagem e maturidade, de forma a ganharem endurance.
    Se não acontecer, perdem-se.

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