28 julho, 2013

O fabuloso destino dos obcecados

http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/


Nas últimas semanas emergiu um novo líder, uma nova figura de culto no seio da intelligentsia futeboleira cá do burgo. No entanto e apesar do hype em torno do doutor presidente da sociedade de viscondes falidos, a receita por ele seguida é velha e gasta, um autêntico déjà vu que parece nunca ter fim… Assim, a somar ao senhor dos pneumáticos empoeirados que pratica esta actividade há mais de uma década, temos agora o Bruninho dos investidores fantasmas a juntar-se à paródia nacional no seu desporto favorito: maldizer o Futebol Clube do Porto de forma obcecada.

Eu compreendo a necessidade destes indivíduos em enveredar por este tipo de estratégias. Num país onde um clube domina de forma tão hegemónica como o nosso, sem paralelo em nenhum outro, é essencial que se criem cortinas de fumo para segurar o poder, não vão os adeptos perceber as suas incompetências. É importante manter as hostes tranquilas e não os deixar despertar da letargia, sob pena de se arriscarem a ser escorraçados das nobres funções que exercem, tão importantes para a concretização dos seus objectivos de ambição pessoal e, porque não dizê-lo, de enriquecimento à conta da notoriedade das instituições a que presidem.

Estas estratégias estão longe de ser virgens e já tiveram vários protagonistas. Desde João Rocha a Carlos Pereira, passando por Fernando Barata, Pimenta Machado, Manuel Damásio ou Dias da Cunha, entre outros, muitos foram aqueles que em determinadas fases do seu percurso como dirigentes não deixaram de agitar os fantasmas do “demoníaco” FC Porto como forma de assegurar a sua sobrevivência ou justificar inabilidades várias.

Em jeito de “Conta-me como foi”, gostaria no entanto de recordar três estarolas especiais, personagens que fizeram do ódio ao FC Porto praticamente a sua única missão e estratégia, analisando também qual foi o seu “fabuloso destino”.

Gaspar Ramos

Depois de uma primeira passagem pelo departamento de futebol encarnado no fim da década de 70, em 1987 voltaria ao mesmo cargo a reboque do presidente fantoche, João Santos, com muitos milhões para gastar à conta da recheada carteira do verdadeiro presidente, Jorge de Brito.

Nesse ano mágico de 87, com a campanha europeia a fazer sonhar os Portistas e mesmo com o tricampeonato nacional quase perdido, era claro que os novos Dragões de Pinto da Costa e Pedroto tinham vindo para ficar. Nem mesmo o desaparecimento físico do Mestre impediu o gigante adormecido de arrancar em definitivo para o ataque à hegemonia da capital, sendo que do outro lado crescia a desconfiança para com o então presidente Fernando Martins, cuja relação com Pinto da Costa era correcta mesmo depois de um atrito em 1983 aquando da célebre final da Taça de Portugal. Nas urnas não lhe valeram o bom trabalho e bons resultados desportivos acumulados nos seus mandatos e surgiu assim uma nova direcção, com métodos e um discurso bem diferente.

Foram anos quentes e Gaspar Ramos emergiu como o papagaio de serviço, com uma obsessão crónica por Pinto da Costa e pelo Norte, sendo figura central na transformação do país desportivo numa guerra sem tréguas. Seria fastidioso recordar todas as polémicas do período 1987-1992, sendo que o argumentário do sr. Gaspar assentava sobretudo na diabolização do nosso Presidente, na “denúncia” de um sistema que nos beneficiava, na afirmação da existência de conivência entre a polícia do Porto e o FC Porto e na batalha cerrada no mercado de transferências. Ou seja qualquer semelhança entre este período e o actual é pura coincidência (ou talvez não)!

A ânsia de travar o crescimento do FC Porto e de igualar o nosso sucesso europeu de 1987 instituindo um clima de guerrilha saldou-se por 2 campeonatos e 2 finais europeias perdidas pelo clube da capital, sucessos pagos a peso de ouro e com consequências trágicas para os nossos rivais. A guerra foi-nos muito útil já que serviu para unir e fortalecer ainda mais o FC Porto, que, mesmo mal tratado um pouco por todo o país, não deixou de crescer e ganhar com cada vez mais frequência, arrastando cada vez mais adeptos. Quanto a eles, custou-lhes o inicio de uma grave crise financeira e desportiva, cujas consequências só não foram mais graves porque… o regime não podia deixar a instituição falir!

Gaspar Ramos ainda voltaria no consulado de Manuel Damásio de 1994 a 1997, usando as mesmas estratégias. Nessa fase de “vacas magras” e parcos recursos em comparação com anos passados mostrou a sua total incompetência, patrocinando a contratação de inúmeros flops e sendo uma das caras da completa banalização desportiva do nosso rival, tendo ainda contribuindo para o anedotário nacional por nos ter “cedido” o Super Mário Jardel.

Apesar de ter caído em desgraça junto dos seus, sendo inclusive apelidado de “Gastar Vamos”, ainda aparece nos media ocasionalmente. Para quê? Em 90% dos casos para dizer mal do Presidente Pinto da Costa, óbvio!

Santana Lopes

Sempre em busca de um lugar ao sol, eternamente destinado a saltar de tacho em tacho sem deixar obra relevante em nenhum deles, este verdadeiro saltimbanco foi o primeiro presidente do famigerado “Projecto Roquette”, cujos resultados foram absolutamente desastrosos para os viscondes.

No início desta trajectória esteve Santana Lopes, vindo da política e de mais um congresso perdido no PSD. “Testa de ferro” do mentor Roquette, que lhe pagava para assumir a presidência, durou apenas 1 ano até se sentir novamente seduzido pela política, vencido pela sua própria incompetência enquanto líder dos leões.

Apesar da passagem meteórica não deixou os créditos por mãos alheias. Ciente de que o seu principal objectivo era conquistar notoriedade pública e reconhecimento nos círculos da capital, a sua cartilha era clara e começou logo na tomada de posse: atacar o Norte e o seu principal estandarte, o FC Porto e principalmente o seu Presidente.

Mesmo com aquisições caras e sonantes os resultados foram sofríveis e após despedir o anteriormente anunciado como insubstituível Carlos Queiroz acabou por abandonar também o Sporting, rumo a um novo congresso do PSD.

A partir dai continuou o seu percurso atribulado, sendo, entre outras coisas, um Presidente da Câmara Municipal de Lisboa muito útil aos vermelhos, a avaliar por algumas “negociatas” que vieram a lume. A seu favor regista-se no entanto um pequeno gesto, a homenagem no Dragão ao Campeão do Mundo de 2004 enquanto fugaz Primeiro-Ministro, numa cerimónia em que se fez acompanhar pela sua “santanete” favorita, o cómico Rui Gomes da Silva (sim, esse mesmo, de gravata azul e tudo!).

Para terminar este ponto e em jeito de recordação dessa época tão animada, aqui fica um pequeno exemplo da genialidade deste cavalheiro:


Vale e Azevedo

Deste nem vale a pena falar muito, a sua história é mais do que conhecida…

Foi um herói, um ícone vermelho, adorado por adeptos e opinion makers, com presença assídua em jornais, televisões e afins, mesmo com resultados desportivos desastrosos e com inúmeras vigarices a serem descobertas quase diariamente. Mas pronto, como dizia uns disparates anti Porto lá se foi aguentando e se não fosse a aldrabice da promessa Jardel por parte de Manuel Vilarinho (outra personagem!) ainda lá podia estar, se calhar com o Vieira a vice-presidente…

Desses tempos não resisto a deixar aqui esta pérola:




Posto isto só tenho uma coisa a dizer: força Bruninho! Dá a mão ao teu camarada Vieira e prossigam essa obsessão anti Porto!

A avaliar pelos teus antecessores nestas práticas e pelo próprio percurso do teu actual camarada da 2ª Circular não deves ter grande sucesso, mas pelo menos terás os teus 15 minutinhos de fama.

Bom fim-de-semana e venha a apresentação do Tri Campeão!

1 comentário:

  1. Papagaios, pavões e/ou patos rocos que voltem à "cena", aos jornais ou tvs que nós estamos aqui para combatê-los fortes e firmes com apenas um "Pinto", pois vale mais um "Pinto Duro" que todas as aves de penas falsas e gripadas!!!

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