07 março, 2013

Alvalade como aperitivo para Málaga!

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É oficial a “Belenização” do Sporting!

Para quem ainda tinha dúvidas, Sábado todas elas foram dissipadas. Dentro e fora do campo, encontrei um clube que luta para não descer, um clube borrado de medo por receber o FC Porto, um clube com uns adeptos que festejaram mais o empate do que, por exemplo, os do Rio Ave nos Arcos, no final de Setembro de 2012.

Caríssimos leitores, estive presente em todos os jogos do campeonato até agora, e digo com toda a sinceridade que foi o empate mais festejado pelo adversário. Quando empatámos em casa com o Olhanense, o clube algarvio não tinha um único adepto no Dragão. Tanto em Barcelos na primeira jornada, em Agosto, como há quinta jornada em Vila do Conde, os adeptos da casa ficaram contentes, claro está, mas a euforia demonstrada foi 40% ou 50% daquilo que vi no WC XXI no final do jogo.

Um espectáculo deprimente, um clube que caiu no ridículo! Uma casa com cerca de 27 mil espectadores, entre os quais cerca de 2 mil portistas! Empatar em Alvalade deixou de ser aceitável para nós. Ao contrário, para os mouros que vestem de verde passou a ser um resultado histórico. Creio que só mesmo quem lá esteve é que viu o ridículo da situação! Jogámos melhor, mereciamos claramente a vitória, fomos donos e senhores do jogo durante a maioria do tempo mas não soubemos finalizar e isso podia-nos ter custado ainda mais caro. Ficámos agora numa situação no futebol, como estamos em hóquei em patins. Estamos a atrás mas só dependemos de nós. Pensar jogo a jogo e não criar euforias por, tanto numa como noutra modalidade, ainda irmos receber o clube do regime. Estudar bem o adversário e ganhar todos os jogos, sem uma única excepção! Não há margem de erro, e claro, podem contar connosco até ao último segundo de competição!

Sábado de manhã, levantar cedo, chegou mais um grande dia!! Mais uma deslocação à capital do Império, desta feita à lagartolândia! Como sempre lotámos um bus, que depois do almoço partiu em direcção ao Sul. A algazarra habitual a bordo, um grande ambiente entre todos, um convívio já habitual entre quem se dedica a apoiar o FC Porto “em todo o lado, durante todo o ano”.

A chegada a Lisboa ocorreu por volta das 17h. Aglomerado de camionetas, que transportavam os ultras do Bi-Campeão, nas portagens de Alverca, como já é habitual. Como também já é habitual um grande aparato policial em nosso redor, há que proteger... os mouros! Das portagens seguimos uns atrás dos outros, com a PSP ao comando. Chegada ao Instituto Ricardo Jorge, o local da concentração dos indefectíveis adeptos azuis e brancos, um espaço também já conhecido por todos nós.

O cortejo é curto e bastante rápido, não andamos mais de 200 metros. A moldura humana azul e branca chegou ao estádio José Alvalade com a inconfundível pronúncia do Norte! Alguns lagartos à nossa espera, mas nada de especial. À entrada surgem os primeiros problemas. Primeiro a polícia não fala, bate e empurra abuptamente os adeptos que se tentam dirigir o mais depressa possivel às portas de entrada no estádio. Depois os seguranças informam alguns ultras de que alguns estandartes não podem entrar, entre eles o nosso do “Bibó-Porto”! A justificação é que “o SCP não permite a entrada a publicidade e o estandarte tem o link do blogue”. Estou esclarecido com estas novas regras, esta mesquinhez não tem limites!

À semelhança de outros anos, ocupámos não só a parte de baixo, como também o anel superior. O material foi exposto e o show começou! Entrámos bastante cedo, diga-se. Naquele estádio nunca tive razões de queixa quanto a isso. A lagartada ia entrando e as picardias começaram. Afogados em dívidas, afogados na tabela classificativa, gostei do ar de valentões com que se dirigiam a nós! Vá lá que este ano não nos brindaram com fumo azul e branco!!

Cânticos como “atirem-se ao fosso” e “pr’á segunda allez” foram indispensáveis. Os ultras do 11º classificado respondiam com insultos. À entrada das equipas um grande momento das claques. JuveLeo, Directivo XXI e Torcida Verde com coreografias, enquanto que a Brigada tinha um tarja que dizia “vamos a eles” e o “eles” estavam escrito a azul. No sector visitante bandeiras e estandartes no ar e alguma pirotecnia. Aliás, pirotecnia viu-se durante todo o encontro.

Os dados estavam lançados para um grande espectáculo. As claques, como sempre, deram emotividade ao jogo, ora enquanto apoiavam as suas equipas, ora nos momentos mais mortos quando não prescindiam das habituais trocas de “palavras”.

Estejam em que lugar estiverem, serão sempre um rival e este tipo de jogos é sempre especial. Discursos como “o Sporting faz falta” comigo não pegam, gosto do embate com eles, foi um clube que sempre aprendi a não gostar, nota-se claramente que não têm qualquer simpatia para connosco e portanto, não compreendo minimamente esse ar doce e carente com que agora se fala dos calimeros. São rivais, sempre o foram, sempre o serão, se há coisa que não tenho é pena do que estão a viver. A única pena que eventualmente tenho é que a tabela classificativa não tenha só dez lugares!

Os assobios ao Liedson e ao Izmaylov foram intensos, aos quais os ultras do FC Porto responderam entoando os seus nomes! Super Dragões e Colectivo puxaram pelas vozes durante os 90 minutos mas nem assim foram brindados com a vitória.

Após o apito final, dezenas (para não dizer centenas!) de adeptos verdes e brancos correm na nossa direcção, fazendo gestos e exibindo-se orgulhosamente após o empate 0-0 na sua própria casa. Eu se empatasse no estádio do Dragão 0-0 com eles, ficaria envergonhado, punha-me rapidamente em casa, na caminha, a ver se tudo não passava de um grande pesadelo. Pois bem, aquela malta ficou contente como se viu, são uns pobres coitados, mas pensando bem acabam por ter razão, sempre é um ponto ganho na luta pela manuntenção.

Os jogadores agradeceram-nos o apoio. Devido ao facto do jogo ter sido às 19h45 (costuma ser às 20h15 ou mesmo 20h30), tudo se proporcionou de forma mais rapida. Na viagem para cima parou-se uma vez, sempre debaixo da atenção da polícia e chegámos à Invicta às 2h30 da manhã! Sempre com o dever da missão cumprida.

Nota ainda para os ultras que, por um motivo ou outro, não puderam comparacer no Campo Grande, marcaram presença no jogo da equipa B, em Pedroso, e também na grande vitória do hóquei em patins, no sempre difícil pavilhão de Valongo!

Amanhã todos ao Dragão, há que levantar a cabeça aos rapazes e depois dia 13, invasão ao La Rosaleda!!

“FORÇA PORTO,
HONRA A CAMISOLA,
A NOSSA COR É AZUL,
SEJA A NORTE OU SUL,
O NOSSO GRANDE AMOR ÉS TU!”

Um abraço ultra.

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