08 janeiro, 2012

Tribunal d'O JOGO - liga ZON Sagres 2011/12, 14ª jornada

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Tribunal O JOGO: Sporting CP 0-0 FC Porto
Árbitro: Pedro Proença (Lisboa) / Árbitros assistentes: Tiago Trigo e Ricardo Santos / Quatro Árbitro: Hugo Miguel.


Penálti sem unanimidade

Apenas Jorge Coroado entende que Pedro Proença deveria ter assinalado grande penalidade favorável ao FC Porto por falta de Elias sobre Otamendi após um canto de João Moutinho. Pedro Henriques e Paulo Paraty discordam e defendem por isso que não havia motivos para castigo máximo. De resto, um fora-de-jogo mal tirado não chegou para manchar uma exibição que os três especialistas qualificam como globalmente positiva.



Momento mais complicado

67' Elias empurra Otamendi na área do Sporting? Seria grande penalidade?

Jorge Coroado
-
Elias, com o braço direito, empurrou Otamendi, impedindo-o de cabecear a bola. Grande penalidade que o árbitro não observou. Este tipo de lances passa muitas vezes sem a devida punição.

Pedro Henriques
+
É um lance de contacto físico onde não há infracção cometida pelo jogador do Sporting. É, portanto, correcta a decisão do árbitro ao nada assinalar.

Paulo Paraty
+
Penso que não. Embora haja um jogo de braços, não me parece que toda essa movimentação fosse suficiente para a marcação de uma grande penalidade. O futebol é um jogo físico.



Outros casos

33' Ficou falta por marcar de Insúa sobre Hulk, quando este seguia sozinho?

45'+1' Otamendi justificava segundo amarelo por carga sobre Van Wolfswinkel?

60' Van Wolfswinkel estava mesmo em posição irregular no lance em que Elias ficou isolado?

65' Polga justificava amarelo (seria o segundo) por falta sobre Hulk?

71' Bola na mão ou mão na bola de Otamendi na área do FC Porto?

Jorge Coroado
+
Insúa não cometeu infracção alguma; foi Hulk que se desequilibrou e caiu. De referir que este último partiu de posição irregular.
+
Nunca. Justificava somente livre directo, porque o jogador do FC Porto saltou sobre o adversário. Uma vez que estava na hora para o intervalo, o árbitro assim decidiu.
-
Van Wolfswinkel estava sobre a linha de meio-campo depois de recuperar posição e antes de a bola lhe ser passada. Precipitação do assistente, porque estava mal colocado.
+
Polga derrubou Hulk, mas numa falta normal não ostensiva ou deliberada e em jogada não prometedora.
+
Bola na mão. O remate foi feito de perto, embateu nas pernas de Otamendi, subiu e encontrou-lhe o braço, que estava junto ao corpo. Correcta interpretação.

Pedro Henriques
+
Mesmo com acesso às repetições, não é perceptível que Insúa toque em Hulk, pelo que dou o benefício de dúvida à decisão da equipa de arbitragem.
+
Otamendi entra com intenção de jogar a bola e, no seu movimento descendente, carrega de forma inevitável Van Wolfswinkel. Uma infracção negligente, sem motivo para sanção disciplinar.
-
No momento do passe do seu colega, Van Wolfswinkel estava em linha com o penúltimo adversário, pelo que o fora-de-jogo foi incorrectamente assinalado.
+
Polga cometeu uma infracção negligente junto à linha lateral, longe da sua área, sem nenhum tipo de perigo ou importância para o jogo, pelo que não haveria motivo para sanção disciplinar.
+
Correcta a decisão do árbitro, pois o remate foi feito de muito perto e a bola, de forma inesperada, bateu na perna e ressaltou para o braço, mas de forma meramente casual e não deliberada.

Paulo Paraty
+
Não é visível, pela televisão, algum contacto faltoso de Insúa sobre Hulk, que parece desequilibrar-se ao evitar o seu adversário.
+
Não. Trata-se apenas de uma falta (rasteira negligente) de Otamendi. No máximo, seria livre directo, que só não terá sido punido porque o tempo da primeira parte estava esgotado.
-
É um lance muito difícil para o árbitro assistente, mas a repetição pela televisão mostra-nos Van Wolfswinkel em linha, no máximo, com o penúltimo defensor.
+
Polga agarra Hulk sobre a linha lateral, não cometendo nenhuma imprudência ou impedindo algum ataque prometedor. Livre directo parece-me adequado. E o critério foi o mesmo do lance dos 45'+1'.
+
Pontapé à queima-roupa, muito próximo de Otamendi. A bola bate-lhe no corpo e ressalta para o braço. Sem razão para intervenção do árbitro.



Apreciação global

Jorge Coroado
Jogo de muito transporte de bola, inúmeros passes transviados e reduzido contacto físico permitiu ao árbitro exibição personalizada, esclarecida, com o senão da grande penalidade não assinalada.

Pedro Henriques
Num jogo com elevado grau de dificuldade, a equipa de arbitragem teve uma actuação positiva, assertiva e competente, com pequenas falhas ao nível do fora de jogo, mas que não lhe tiram mérito.

Paulo Paraty
Não havendo arbitragens perfeitas, Pedro Proença, com um ou outro lance mais discutível, exibiu em casa as credenciais que lhe têm valido o reconhecimento externo. Cedo se fez entender pelos intervenientes.



fonte: ojogo.pt

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