11 março, 2011

Czares da Invicta

http://bibo-porto-carago.blogspot.com/

assistência: --- espectadores.

Árbitro: Robert Schörgenhofer (Aústria), Assistentes: Mario Strudl e Alain Hoxha; Quarto árbitro: Thomas Gangl; Assistentes adicionais: Bernhard Brugger e Gerhard Grobelnik.

CSKA MOSCOVO: Akinfeev; Nababkin, Berezutski, Ignaschevich e Schennikov; Honda, Mamaev, Semberas e Dzagoev; Doumbia e Vágner Love.
Substituições: Honda por Tosic (75m) e Doumbia por Necid (79m).
Não utilizados: Chepchugov, Berezutski, Aldonin, Rahimic e Oliseh.
Treinador: Leonid Slutski.

FC PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Otamendi e Fucile; Fernando, Guarín e João Moutinho; Hulk, Falcao e James.
Substituições: James por Varela (57m), Hulk por Cristian Rodríguez (73m) e Guarín por Souza (81m).
Não utilizados: Beto, Belluschi, Sereno e Rúben Micael.
Treinador: André Villas-Boas.

Marcador: Guarín (70m).

Disciplina: cartão amarelo para Semberas (19m), Otamendi (63m), Vágner Love (66m).

Um golo solitário de Freddy Guarín, aos 69 minutos, deu esta tarde a vitória ao FC Porto sobre o CSKA Moscovo, na primeira mão dos oitavos-de-final da Liga Europa, disputado na fria capital russa.

O colombiano - uma surpresa de André Villas-Boas no onze, juntamente com James - revelou-se uma aposta ganha do treinador do FC Porto, dando força ao meio-campo (no lugar de Belluschi) para o duro embate com a formação moscovita.

Os dragões até entraram bem no encontro, mas os moscovitas rapidamente ganharam algum ascendente e aproveitaram várias desatenções da defesa portista. O guardião Helton negou o golo a Doumbia (1' e 22') e Honda (15'), mas viu mesmo a bola entrar na baliza aos 37', por intermédio de Wagner Love, com o árbitro a declarar fora-de-jogo de Doumbia, que havia feito a assistência.

No final do primeiro tempo, Guarín dá um sinal de vida do FC Porto, ao obrigar Akinfeev a boa defesa, resistindo assim o nulo até ao apito para intervalo.

E se a grande ameaça portista tinha sido protagonizada por Guarín, foi mesmo o médio colombiano a concretizar aos 69, com um excelente remate, sem hipótese para o guarda-redes russo. Curiosamente, o golo surgiu depois do CSKA Moscovo ter estado várias vezes perto de inaugurar o marcador.

A resistência portista foi premiada por Guarín e 'virou' o jogo, uma vez que depois foram os dragões a estarem sempre mais perto do segundo golo. Não se veio a concretizar, mas o 1-0 final é o suficiente para deixar o FC Porto com um pé nos quartos-de-final da Liga Europa.

DECLARAÇÕES NO FINAL DA PARTIDA

André Villas-Boas: «Vitória para o FC Porto, mas que não terá significado se no fim não juntarmos o troféu. Foi um jogo com duas partes. Na primeira, o CSKA criou algumas oportunidades, mas na segunda controlamos completamente e críamos algumas oportunidades e fizemos o golo. No relvado sintético, a bola comporta-se de forma diferente e exige um esforço diferente do ponto de vista muscular, mais penalizador para a face posterior dos músculos das pernas. Mantivemos o bom nível e fizemos uma partida de grande concentração e entrega, a segunda parte foi totalmente nossa. A eliminatória não está decidida, com o Sevilha passou-se isto e depois perdemos em casa e podíamos ter sido eliminados. É importante anular os pontos fortes do CSKA, como as saídas rápidas para o ataque, chegar primeiro ao golo e passaremos a eliminatória.»

Guarín: «O golo foi uma jogada rápida em que consegui ter espaço para rematar. Não tenho dúvidas do que posso dar a este clube e o técnico e os companheiros têm ajudado. São dois jogos e acreditamos e confiamos confirmar este resultado no Dragão. Esperamos dar alegria aos adeptos e seguir em frente».

Helton: «Os adversários querem sempre complicar-nos a vida, não estamos habituados ao sintético e sentimos dificuldades no início do jogo. Depois tranquilizamo-nos mas ainda está tudo em aberto, mas temos um pouco mais de serenidade para continuar a trabalhar».

8 comentários:

  1. Belo jogo do Porto na 2.ª parte. Não é fácil jogar naquele tipo de piso. Daí ter havido desadaptação evidente no início do jogo. A subida de rendimento de Guarin e a entrada de Varela, foram determinantes. C. Rodriguez também entrou muito bem. Embora custe dizê-lo e muito mais fazê-lo, Hulk deveria ter saído mais cedo.

    Se eu fosse um órgão da Comunicação Social, para seguir a “linha editorial” do pasquim “A Bolha” formataria a seguinte manchete:
    Jornada quase em beleza: duas vitórias esperadas, uma caída das estrelas na escuridão da Luz.

    Um abraço. BIBó POOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTO!

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  2. Primeira-parte, dura, sofrida, por culpa de uma equipa boa, muito boa no último terço do campo, com três avançados do melhor que temos visto - W.Love, Doumbia e Honda -, criativos, rápidos, mas também por culpa própria, por culpa de um F.C.Porto desadaptado, a errar muitos passes, "sem Hulk", a dar muito espaço e a permitir que os jogadores russos chegassem à frente com vários jogadores, em velocidade e com a bola controlada. Valeu Helton, em duas ou três ocasiões, para que o marcador ficasse a zero, enquanto a equipa portista, hoje de amarelo, também criou perigo, mas sem as oportunidades da equipa da capital russa.


    Resumindo: melhor o resultado que a exibição, num empate que se tivesse sido desfeito, esteve mais perto de acontecer para a equipa russa que da equipa portuguesa.

    Na segunda-parte tudo foi diferente. André Villas-Boas rectificou e se nos primeiros minutos ainda deu a ideia que tudo ia ser igual, rapidamente essa impressão se desvaneceu. A equipa portista passou a estar mais junta, mais unida, a dar menos espaço, passou a controlar, dominar, Sapunaru ameaçou e Guarín, aos setenta minutos, marcou, dando uma vantagem que, a partir de certa altura, se começava a adivinhar. Em vantagem a equipa portista não se encolheu, continuou a jogar da mesma maneira, longe da sua área e se o resultado, pelo que foram os noventa minutos, se aceita, estivemos mais próximos dos dois a zero que os russos de empatar.


    Foi a sexta vitória fora, a nona em onze jogos, com um empate e apenas uma derrota, sem consequências, num jogo em que fomos claramente superiores. É um currículo excelente, prova provada que o sistema existe, está vivo e recomenda-se. Mas atenção, ainda não passamos e o CSKA pode vir fazer ao Dragão o que nós fizemos na Rússia. Para que isso não aconteça e alcancemos os nossos objectivos de estar nos quartos-de-final, é necesssário um Porto que em casa, pelo menos, consiga também, tal como aconteceu em Moscovo, cidade talismã, não perder. Desta vez não será às cinco horas e portanto, vamos encher o nosso belíssimo anfiteatro.


    Nota final: apenas vou destacar, Guarín, para mim o melhor em campo e com um golo fantástico. É assim, aproveitando as oportunidades e mostrando qualidade para ser titular, que se conquistam lugares na equipa. Não é com amuos, caras feias, deixa rolar... Helton, porque foi decisivo, evitando dois ou três golos certos.
    E o nosso treinador, que, mais uma vez, esteve muito bem ao intervalo. O F.C.Porto da segunda-parte não teve nada a ver com o da primeira. Villas-Boas e a sua equipa técnica - o treinador, sem complexos, distribui os louros... -, corrigiram, alteraram e ninguém tem dúvidas, houve bastante Porto na etapa complementar. Um Porto que honra e prestigia o futebol português, um Porto que responde, em campo, à calúnia, à inveja e aos vermes, especialistas em denegrir a sua imagem.

    Um abraço

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  3. De facto, começam a faltar adjectivos para classificar a época do FC Porto… Os números falam por si, estamos em pleno mês de Março (mais de 7 meses de competição) e o FC Porto em 42 jogos oficiais (22 da Liga, 11 da LE e 9 de taça de Portugal, taça da liga e supertaça) venceu o seu 35º jogo no difícil reduto do CSKA de Moscovo debaixo de temperaturas negativas…

    A primeira nota que não podemos esquecer é que ao FC Porto saíram 2 belas “favas” nestas 2 eliminatórias da LE, o Sevilha que luta pela Europa em Espanha e o CSKA Moscovo que foi vice-campeão na milionária liga russa (que tem clubes com capacidade para vir buscar Bruno Alves por 22 M€)…

    É, portanto, importante enquadrar toda e qualquer analise que se possa fazer a estas duas eliminatórias, em que o FC Porto defrontou 2 das equipas com melhor ranking de todas as presentes…
    Melhor ranking que Sevilha e CSKA só mesmo o FC Porto e o Liverpool…

    Posto isto, vamos então a uma análise contextualizada do jogo de hoje. O primeiro elogio vai inteirinho para Helton que rubricou uma exibição de grande classe e categoria. Não tenho grandes dúvidas de que em 5/6 anos de clube, esta é claramente a melhor época de Helton. Às excelentes capacidades técnicas (que todos já sabíamos que tinha), Helton melhorou aquilo que eu e tantos outros portistas lhe apontávamos: uma certa displicência e desconcentração em momentos chave… Está um GR concentrado, ágil e competente tanto fora como dentro dos postes… Hoje valeu pontos, e é isso que os grandes GR têm de fazer: dar pontos e não retirar, como outros o fazem. E esta noite, Helton foi enorme!

    Efectivamente, tivemos algumas dificuldades na 1ª parte. Do outro lado, jogadores como Wagner Love, Honda, Ignasehvich, Tosic e outros tantos espalharam a sua elevada qualidade e criaram problemas ao último reduto portista. Apesar de tudo, Falcao teve uma boa oportunidade logo aos 5 m para abrir o marcador.

    Na 2ª parte, tudo se alterou e o FC Porto mandou em quase todo o jogo. Baixando os ritmos de jogo, que estavam altos na 1ª parte o que beneficiava os russos a jogar em sua casa, a equipa portista assentou o seu jogo e naturalmente chegou ao golo através de um belo pontapé de Guarin. Paradoxalmente, até poderíamos ter chegado ao 2-0 com Sapunaru a perder o golo depois de bela combinação entre Moutinho e Varela… Seria um resultado exagerado face ao que os russos haviam feito na 1ª parte, mas também que se lixe, no jogo do Dragão com o Sevilha foram às dezenas os golos perdidos e acabamos por perder o jogo!

    Para o jogo da próxima semana no Dragão, digo exactamente o mesmo que disse depois de vencermos o Sevilha: cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém! Os russos vão ao Dragão tentar virar o resultado e todos os cuidados serão poucos… É escusado dizer que o FC Porto tem de estar ao seu melhor nível para eliminar mais um difícil obstáculo. E se tudo correr bem, depois de Sevilha e CSKA Moscovo eliminados, e provavelmente com o M. City fora de prova, o caminho começa a ficar mais desbravado…

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  4. Ah, e só mais uma coisa: para a extensa comunidade russa (ainda devem ser uns bons milhões) que vive em Portugal, só uma mensagem: temos pena, o FC Porto voltou a vencer um dificil jogo fora de portas e está bem encaminhado para os quartos-final! Vão tomar rennie!

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  5. Que época, meu Deus, que orgulho!!

    Grande grande vitória!! Pensar num adversário de cada vez, matar a eliminatória para a semana no Dragão, para carimbar a passagem aos quartos-de-final da Liga Europa.

    Grande espírito de sacrifício da nossa equipa!

    Um abraço

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  6. Bom dia,

    Mostramos mais uma vez que perante qualquer adversidade, temos capacidade de adaptação e conseguimos vencer.

    Ontem num relvado sintético, Hulk e James não se adaptaram, e na primeira parte pouco jogo ofensivo produzimos.

    Limitamos-nos a tentar controlar o excelente tridente ofensivo russo, que nos causou imensos calafrios.

    Na segunda parte a partir dos 60 minutos, e depois das alterações de Villas Boas, dominamos o jogo, chegamos à vantagem, e podíamos mesmo ter sido "gulosos" e ter lutado pelo 2 a 0, mas a equipa não quis arriscar, pois o adversário, face à qualidade dos elementos que entraram Nedic e Tosic, também poderia marcar e colocar em risco o excelente resultado.

    Valeu Helton, sempre seguro a transmitir tranquilidade a uma defesa que esteve num excelente nível. Grande exibição de Otamendi, Rolando, Sapunaru e Fucile muito bem. No meio campo Fernando e Moutinho estiveram ao seu nível. Varela entrou muito bem no jogo, tal como Cebola e Guarin foi uma aposta ganha de Villas Boas.

    Agora no Dragão temos de ser mais eficazes do que fomos diante do Sevilha, para marcarmos e não andar na corda bamba até final do jogo.
    Esta equipa russa provou ontem que pela qualidade dos seus atacantes, pode marcar em qualquer campo.

    Nós somos superiores no computo geral e temos uma vantagem que nos permite chegar aos quartos de final.

    Bravos os nossos adeptos que se deslocaram a Moscovo apara apoiar a equipa.

    Abraço

    Paulo

    http://pronunciadodragao.blogspot.com/

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  7. Foi uma vitória feliz, num relvado difícil, a avaliar pelas dificuldades sentidas por grande parte dos nossos jogadores.

    Helton esteve gigante a assegurar o nulo, na primeira parte, para no segundo tempo vir ao de cima a maior classe do FC Porto, que finalmente tomou conta do jogo, conseguindo o triunfo com um belo golo de Guarín (para mim muito mais útil que Belluschi) e com a sensação de que o marcador poderia ter sido alargado.

    A eliminatória está longe de se considerar ganha, mas que este resultado constitui um passo importante para o conseguir, ninguém o pode negar.

    Um abraço

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  8. Marca AVB:

    6 JOGOS FORA na Europa, 6 vitórias!

    Este Porto é de boa casta ;)

    Nada está decidido mas está bem encaminhado.

    vamos Porto!

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