12 outubro, 2009

Reflexões de início de época

Decorrido que está o primeiro quarto de campeonato, é altura de balanço daquilo que tem sido o início azul e branco em todas as competições onde está inserido.

Em termos pontuais, é certo que o FC Porto está melhor não só em termos de Liga Portuguesa, como em termos de Liga dos Campeões. É bom que as pessoas não se esqueçam que o FC Porto no ano passado, por esta altura, tinha menos 5 pontos, e que, inclusivamente, já se notava alguma contestação por parte da exigente massa associativa do FC Porto. Lembro-me bem das várias derrotas consecutivas perante o Dinamo Kiev, Naval 1º Maio e Leixões, e lembro-me também da fantástica resposta da equipa num difícil jogo em Kiev que ganhamos à beira do fim com um golo de Lucho Gonzalez, depois de Rolando ter empatado um jogo que esteve deveras complicado para a equipa azul e branca. A partir daí, o caminho para o título e para uma belíssima campanha na Liga dos Campeões, estava iniciado. Resultado: o FC Porto foi campeão e atingiu os quartos-de-final da Liga dos Campeões num 2º jogo em que o Manchester Utd acabou aos “charutos” no estádio do Dragão, com medo de ser eliminado. Tudo isto tem de ser lembrado, aquando das críticas que se fazem ao que quer que seja.

Os jogadores do FC Porto, ao longo dos anos, têm por isso demonstrado de que massa são feitos. É por isto com muito humor que assisto a todas as euforias em volta de qualquer percalço do nosso clube. A prova de que somos de facto um grande clube, é a euforia que sempre se gera aquando de uma derrota do FC Porto. Parece que é quase sempre um acontecimento nacional uma derrota dos azuis e brancos. O mais incrível é ver alguns portistas a irem nesta onda de pessimismo sempre que ocorre algum percalço. Sejamos sérios e realistas, o FC Porto, e porque os grandes clubes europeus não se enganam, perdeu vários jogadores importantes na manobra da sua equipa, tais como, Lisandro, Lucho ou Cissokho, e teve de reestruturar a sua equipa com a entrada de novos jogadores para lugares cruciais. Para mim, Álvaro Pereira, tem substituído bem Cissokho, Beluschi tem dado muito boa conta de si, e até Varela tem surpreendido com excelentes exibições. Quanto ao Falcão, aquilo que já se suponha… golos, golos e mais golos… ah, e uma dor de cotovelo enorme de quem o queria e não o teve. Pelo menos, Falcão deve ser dos poucos que não sonha jogar no “maior clube do mundo”… preferiu um que ganha que se farta, mas não é o “melhor do mundo”.

Para finalizar, gostaria de abordar um assunto que raramente abordo neste blog, mas que acho conveniente agora fazê-lo: a qualificação da selecção nacional para o mundial de futebol. Muitos foram aqueles que criticaram Queiroz desde o início da qualificação. Muitos foram também os que lembraram Scolari, dizendo que nunca mais conseguiríamos ir a um Mundial, que aquilo que Scolari tinha feito nunca mais seria atingido. Pois bem, num grupo de qualificação bem complicado, com apenas uma selecção fraca (Malta), ao contrário dos “grupinhos de meia tigela” na era Scolari, a selecção de Queiroz continua a depender de si para se qualificar para a fase final do Mundial na África do Sul. Agora há que ganhar a Malta e depois esperar qual o adversário que nos calhará no playoff de acesso ao Mundial. Afinal, o trabalho reservado e sem fanfarronices também dá os seus resultados, não é, Srs. apoiantes de Scolari?!?!?

4 comentários:

  1. Há posts que até dispensam comentários =)

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  2. "Pelo menos, Falcão deve ser dos poucos que não sonha jogar no “maior clube do mundo”… preferiu um que ganha que se farta, mas não é o “melhor do mundo”.

    :) Muito bem, RCBC :)

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  3. É uma análise muito certeira. Também eu tenho confiança na equipa e continuo fiel a uma máxima: "Não se louva quem bem começa mas quem bem acaba." que não é exactamente a que se segue para o lados do galinheiro.

    Quanto às substituições no plantel, é verdade que são soluções interessantes apesar de Belluschi não ser Lucho nem Falcao ser Lisandro. Penso que com Falcao a equipa necessita de melhores extremos que nem Varela nem Hulk o são verdadeiramente apesar de difarçarem. Mariano é, na realidade, o único extremo do plantel uma vez que Rodriguez joga mais atrás.

    No entanto, e tal como no ano passado, o grande problema do Porto está nas alternativas do meio campo. Apesar de várias aquisições, até agora, e exceptuando Belluschi, os jogadores novos não têm sido capazes de ser alternativas e isso é o que realmente me preocupa.

    Tal como nos outros anos, Jesualdo tem muita gente no plantel mas poucos contam verdadeiramente, para além de 14-15 jogadores que são sempre os mesmos. Até na defesa tivemos sempre os mesmos. É muita gente sem ser utilizada e que só lá está a fazer número, a começar nos argentinos Valeri e Prediguer apesar do primeiro já ter jogado alguns minutos.

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  4. RCBC, grão a grão, enche o Dragão o papo... com calma, descontração e boa disposição... vamos lá chegar!!!

    Tudo, uma questão de tempo...

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