31 maio, 2008

Metro e meio de Kostadinov

Pouco mais de um metro e meio de pessoa. A bola desgastada, já com alguns gomos descosidos, sofria com a subjugação dos pés reguilas. O alcatrão, dilacerante de joelhos e pernas, surgia como um perfeito relvado. As pedras marcavam o último reduto do adversário e guardavam, preciosamente, o júbilo do futebol: o golo.

O frenesim na rua acalmava com a passagem de um carro ou o deslizar violento de uma persiana que pronunciava a expulsão do campo. A vizinhança era um juiz autoritário mas, nada, nem ninguém, abalava o meu orgulho ao ostentar aquela camisola azul e branca com o número 8 nas costas e coroada com o nome Kostadinov.

E vocês, eram metro e meio de quem?

Abraço,
CJ

As nossas contas de 2006/07

Patrocinadores do FC Porto garantem retorno de 100 milhões

O FC Porto recorreu à «super flash» para dar mais visibilidade aos patrocinadores.

O FC Porto terá garantido cerca de 100 milhões de euros de retorno aos seus patrocinadores no primeiro semestre da época, segundo um estudo da consultora Cision. Paralelamente, o clube assegurou, com esses contratos, 6,5 milhões de euros de receitas.

Os quatro patrocinadores principais do clube - PT, BES, Revigrés e Nike - garantiram um retorno mensal de 2,4 milhões de euros, tendo os patrocinadores «platinum» - Carlsberg, Toyota, Império Bonança, BPI, Dolce Vita, Sacoor e Dragão Mobile - conseguido o valor mensal de 885 mil euros em igual período.

Os equipamentos oficiais são os que proporcionam maior retorno às marcas, seguidos das conferências de imprensa, da publicidade estática, do equipamento de treino e da «super flash», uma mini-conferência de imprensa que tem por objectivo dar visibilidade aos patrocinadores.

As receitas de publicidade e sponsoring do FC Porto na época 2006/2007 atingiram os 11,4 milhões de euros, um aumento de 25,3% em relação ao ano anterior.

FC Porto - Campeão de receitas de patrocinios

O FC Porto foi o clube português que mais receitas de publicidade e patrocínios arrecadou nas últimas três épocas – um total de 31 milhões de euros, superior ao Benfica, que recebeu 29,56 milhões de euros. A distância considerável ficou o Sporting, que obteve uma receita de 12,98 milhões de euros. A vitória portista, também neste campeonato, reflecte um facto incontornável: nos últimos cinco anos, foi campeão quatro vezes, contra uma do Benfica.

Não deixa, no entanto, de causar alguma surpresa que a capacidade de angariação de publicidade e patrocínios do FC Porto já ultrapasse a do Benfica, que é o clube com maior massa de adeptos no País, a distância considerável dos seus rivais, e, como tal, um alvo mais atractivo para as principais marcas e “sponsors".

# post originalmente publicado no norteamos em 13Mai2008

30 maio, 2008

O tempo que teima em não passar...

Os meses parecem anos, os dias parecem meses, as horas parecem dias, os minutos parecem horas e os segundos parecem minutos…

Ainda há pouco acabamos as competições e já sinto falta de toda a adrenalina dos jogos. Do diz que disse, das picardias dos adversários, da superioridade do nosso clube. Sinto falta de me sentar em frente à televisão e assistir aos jogos. Sinto falta de ouvir os relatos na rádio. Sinto falta de ir ao estádio. Se a duas semanas de um jogo do FC Porto já estou assim, como vou aguentar até começarem os jogos?

Temos os jogos da selecção, mas devo confessar que não sou grande adepta da selecção. Vejo os jogos é verdade, não só porque sou uma grande adepta de futebol, mas sobretudo porque jogam lá jogadores que admiro.

Ver um jogo do FC Porto tem mais emoção do que ver um jogo da selecção. Não digo que não “sofra” a ver um jogo da selecção, mas não sofro como quando vejo um jogo do meu clube. Se a selecção nacional perde, não fico triste como quando o mesmo acontecer com o meu clube. Se a selecção nacional ganha, não fico contente como quando o meu clube ganha!

Sei que os jogadores precisam de descanso, como todas as pessoas, mas por vezes gostava que houvesse competições todas as semanas!

Enfim, temos de aguardar pelo regresso dos TRIcampeões para mais uma caminhada desportiva a caminho do TETRA!

Saudações Azuis e Brancas,
Sodani

Confirmações... e incógnitas!

COMUNICADO

O jogador Paulo Assunção informou a Administração da F.C. Porto – Futebol, SAD que põe termo, sem justa causa, ao contrato de trabalho desportivo que o liga a esta sociedade. Esta medida tem efeitos já no final da época em curso.
A comunicação de Paulo Assunção foi efectuada nos termos do Artigo 17º das «Regulations on the status and transfer of player», aprovadas pelo Comité Executivo da FIFA.

Porto, 29 de Maio de 2008
fcporto.pt

COMUNICADO

A F.C. Porto – Futebol, SAD foi hoje notificada, pelos serviços disciplinares da UEFA, da abertura de um procedimento disciplinar tendente à verificação das condições de admissibilidade da equipa principal desta sociedade na UEFA Champions League, edição 2008/09.
Na mesma notificação, a F.C. Porto – Futebol, SAD foi informada que poderá pronunciar-se sobre o referido assunto até ao próximo dia 3 de Junho e que o Órgão de Controlo de Disciplina da UEFA tomará uma decisão, em primeira instância, a 4 de Junho.
Apesar deste procedimento da UEFA, a F.C. Porto – Futebol, SAD reitera a confiança nos argumentos que já tornou públicos e na força da razão que lhe assiste.

Porto, 29 de Maio de 2008
fcporto.pt

29 maio, 2008

Semana de efemérides...

Espectáculo à escala mundial, a final da Champions é sempre vista, pelos adeptos do futebol, como o “santo graal”. Jogo aguardado religiosamente, meses a fio, deixando os apaniguados de qualquer cor desportiva a sonhar com feitos heróicos, com jogadas milagrosas e acções mirabolantes. A Liga dos Campeões é a estrela cintilante das competições, capaz de enfeitiçar o comum dos mortais, hipnotizando-o com o seu hino de arrepiante beleza, os estádios cheios, as quantias chorudas que gera, num exemplo perfeito da indústria em que se transformou a arte do pontapé na bola…

Mas é uma prova árdua, intratável, cruel, capaz de estilhaçar sonhos com a mesma facilidade com que acalenta o sorriso do mais ingénuo adepto. Meses de trabalho desperdiçados por um mísero pormenor, por uma pequena falha, numa competição que não se compadece com infortúnios ou fraquezas pontuais. Muitas vezes parece inatingível, no alto do seu trono, ofuscando as estrelas do céu, com o brilho da taça prateada a fazer cintilar de cobiça o mais generoso dos homens…

Quando, num rasgo de rara generosidade, nos permite erguê-la, o Mundo fica iluminado por uma incandescência única. Tudo se encaixa, tornando a existência perfeita e feliz. Nesses raros momentos, o grito de vitória atinge uma sonoridade sublime. Exaltam-se os valores clubistas, cresce desmesuradamente o orgulho no emblema da nossa fé, ficando as recordações gravadas, de forma indelével, para toda a vida…

Nesta semana comemoraram-se efemérides. 27 de Maio de 1987. 26 de Maio de 2004. Duas datas inesquecíveis, gravadas a letras douradas nos anais do clube. Dois dias que exemplificam o descrito acima. Perfeitos. Onde os sonhos se transformaram, como num passe de mágica, em realidade. O azul e branco conquistou a Europa, emancipando o clube do seu epíteto de regionalista.

É o meu bálsamo. Em momentos de nostalgia, ou após uma desoladora exibição, refugio-me nessas datas. Fotos e vídeos, aparecendo como mnemónica de recordações, capazes de provocarem, mesmo após tanto tempo, aquele arrepio de emoção. Dois jogos mágicos, recheados de recordações, que nos concederam a entrada numa galeria restrita: a da elite europeia, um espaço de acesso reservado apenas aos melhores. E continua a parecer que foi ontem que os nossos capitães, primeiro João Pinto, depois Jorge Costa, ergueram o mais belo dos troféus. Continuo a ficar arrepiado, só de me lembrar…

*****
Rui Moreira, num dos seus últimos artigos n'A Bola, colocou uma questão deveras pertinente. Os silêncios estratégicos do FC Porto, cada vez mais ensurdecedores no seu mutismo, têm-se revelado uma estratégia errónea, claramente ultrapassada pela sanha de quem nos ataca. O FC Porto, actualmente causticado por todos os lados, sem qualquer poder de penetração na comunicação social, vê diariamente o seu nome manchado, optando pela defesa do bom samaritano, dando sempre a outra face, sem ripostar. Perdida a ingenuidade acerca do desportivismo de um País que não nos suporta, sempre achei que o gabinete de comunicação azul e branco tinha que desempenhar o papel de um avançado: mortífero e terrivelmente eficaz na defesa intransigente dos ideais do clube…

Com o armário dos nossos rivais repletos de esqueletos escabrosos e segredos inconfessados, o FC Porto tinha [e ainda tem] uma oportunidade histórica de desnudar a verdadeira personalidade dos dirigentes adversários, mostrando a uma opinião pública renitente a verdadeira face de quem procura a vitória a qualquer custo. Escutas telefónicas comprometedoras, branqueadas por zelosos correligionários, colocação de pessoas em lugares-chave, contratações de jogadores adversários, cirurgicamente feitas nas vésperas dos jogos em que se defrontam, prendinhas a árbitros, num nunca mais acabar de vilanagem. É imperativo que o FC Porto volte a ter uma voz incómoda na comunicação social. Imperativo e urgente!

ps - Referência final para o 2º aniversário deste blog, já uma referência na blogosfera, pela qualidade e dedicação postas ao serviço de uma causa: a paixão sem limites pelo nosso FC Porto. Não são elogios estéreis, porque este ano, em que conheci virtual e pessoalmente a maioria dos seus colaboradores, foi um ano de vivências extraordinárias. Uma comunhão de interesses marcantes, num espaço que funciona como um local de tertúlia, um sítio para o desfiar de memórias [e são tantas] acerca do nosso clube. Não posso deixar de destacar, obviamente, o timoneiro do projecto, inexcedível na dedicação e entrega, apenas e só pela elevação do nome do FC Porto. Blue Boy, um dia destes ainda recebes um Dragão de Ouro :)

28 maio, 2008

É muito stick

Sim eu sei. Ecletismo á parte e mesmo com a bola, de lei, diferente em cor do chão e das tabelas é difícil a sua visualização.
E com a abolição dos juízes de baliza ou mesmo com a rede suspensa tb. não é fácil imaginar o golo.
Mas o envolvente de cada partida é sempre excepcional.
Em pavilhão coberto as claques são bastante audíveis e o jogo, um misto de virilidade, habilidade em andar sobre rodas e destreza no manejo do stick torna esta modalidade um regalo para quem gosta de desporto.

O Hóquei em Patins do FC Porto foi iniciado há mais de 50 anos, mais exactamente em 1955 mas está em destaque especial a partir de 1981, logo após a 1ª. conquista da Taça das Taças.
Ontem eram o Vitor Hugo, o Franklim, o Tó Neves, o Realista e o António Alves.
Hoje são o Edo Bosch, o Nelson Filipe, o Filipe Santos, o Ricardo Figueira, o Pedro Moreira, o Caio, o Reinaldo Ventura, o André Azevedo, o Emanuel Garcia e o Jorge Silva.
Amanhã serão outros, já no novo pavilhão, porque afinal e segundo o Comité Europeu de Hóquei em Patins (CERH) o FC Porto é, de longe, o melhor clube Português e o 2º. maior da Europa, logo atrás do colosso Barcelona. Ainda segundo este ranking as dez melhores equipas tem 5 clubes Espanhóis, 3 Italianos e 2 Portugueses (O FC Porto e o Óquei de Barcelos).

E para aqueles que pensam que é melhor ter lugares na liga que reforços no plantel ou ousem em falar de sticks de cores brilhantes que escutem as palavras do nosso velho rival Mariano Velasquez: "O FC Porto é um bom exemplo de trabalho e gestão. Eles não ganham por sorte, mas porque sabem trabalhar bem. O FC Porto fez uma mudança geracional sem perder superioridade e a verdade é que são a única equipa portuguesa que nestes últimos anos se mantém competitiva na Europa. Como jogador, enfurece-me e sinto-me impotente por não ter conseguido contrariar esta situação, mas tenho de despir a camisola e ser objectivo: em dez anos, o FC Porto fez muito pelo hóquei português".
E caso necessitem de números, que não enganam ninguém, fiquem com o palmarés só a nível de Seniores:

- 2 Taças dos Campeões Europeus (1985/86; 1989/90).
O SCP e o Óquei de Barcelos tem 1.

- 2 Taças das Taças (1981/82; 1982/83).
O SCP tem 3.

- 2 Taças Europa CERS (1993/94; 1995/96).
O SLB tem 1 e o SCP tem 1.

- 1 Super Taça Europeia (1986/87).

- 16 Campeonatos Nacionais (1982/83; 1983/84; 1984/85; 1985/86; 1986/87; 1988/89; 1989/90; 1990/91; 1998/99; 1999/00; 2001/02; 2002/03;2003/04; 2004/05; 2005/06; 2006/07).
O SLB tem 20 e o SCP tem 7.

- 11 Taças de Portugal (1982/83; 1984/85; 1985/86; 1986/87; 1987/88; 1988/89; 1995/96; 1997/98; 1998/99; 2004/05; 2005/06).
O SLB tem 11 e o SCP tem 4.

- 15 Super Taças (1983/84; 1984/85; 1985/86; 1986/87; 1987/88; 1988/89; 1989/90; 1990/91; 1991/92; 1995/96; 1997/98; 1999/00; 2004/05; 2005/06;2006/07).
O SLB tem 6 e o SCP tem 1.

São assim 49 títulos contra 38 do SLB e 17 do SCP.
Deixando a Europa e arriscando uma classificação a nível mundial estamos assim colocados em 3º. lugar, atrás do Barcelona com 76 títulos e do Hockey Novara, de Itália, com 58.
O SLB é 4º com 38., o SCP é o 17º. com 17 , logo seguido do Óquei de Barcelos com 16 títulos.
De notar ainda que o SCP abandonou a modalidade em 1995 depois de descer, reatando a actividade em 1999 e voltando à 1ª divisão em 2004 onde abandonou o campeonato na 2ª fase desse campeonato (2004/05). Actualmente só tem camadas jovens.

Ah, e quase que me esquecia. É uma modalidade onde não se utilizam botas emprestadas e onde o FC Porto está ainda em jogo, esta época, na Taça e no Campeonato onde discute, imaginem só, o HEPTA (leia-se sete campeonatos consecutivos).

É mesmo muito stick, não é?

27 maio, 2008

Homenagem merecida ao Professor Alberto Babo

Sábado, foi um daqueles dias que a memória conservará no tempo de forma interminável. No 2º aniversário deste espaço, onde com muita honra colaboro, realizamos mais um fantástico convívio que incluiu a visita a Fânzeres (hóquei) seguido de um jantar muito animado onde não faltaram sequer os discursos de gente apaixonada pela causa azul e branca. Também se cantou o hino, mas as vozes estavam um pouco desafinadas.

Escrever sobre o FC Porto sempre me deu prazer, mas escrever no mesmo espaço onde encontrei este fantástico grupo de amigos, é ainda mais estimulante. Senti que em toda aquela gente, as palavras «Futebol Clube do Porto» são entoadas com muito sentimento. Um bem haja a todos e que o próximo convívio não demore.

No Nacional de Juvenis em futebol, o FC Porto alcançou a liderança vencendo no Bessa por 3-1 com golos de Alex, Caetano e Amorim. Na 1ª parte (período em que estive no Bessa), assisti a um jogo equilibrado, mas na 2ª metade o FC Porto entrou com outra dinâmica e ganhou com justiça. Belos pormenores de Caetano, Claro e Alex. Depois do nulo no derby Lisboeta, o FC Porto lidera com 5 pontos, tantos quantos os de Benfica e Sporting. Na próxima ronda desta fase final, temos um FC Porto - Sporting já no próximo domingo.

Já no Nacional de Iniciados, o FC Porto desperdiçou inúmeras oportunidades (duas bolas no poste) e acabou por perder em casa com o Guimarães por 1-0 e está agora a 3 pontos do líder Benfica. No próximo domingo, temos um Sporting - FC Porto.

Nos Juniores, a 3ª jornada é no sábado e inclui um FC Porto - Sporting.

Por fim, nas Escolinhas, o FC Porto é desde sábado o campeão distrital da AF PORTO.

Nas modalidades, destaque para o hóquei em patins do FC Porto que conseguiu um suado apuramento para a final do Campeonato.

Mas estas linhas são dedicadas ao basquetebol do FC Porto que sábado perdeu a negra em Ovar, tal como no ano transacto. O nosso treinador Alberto Babo, ilustre Portista, e um grande nome da modalidade com vários títulos atingidos como jogador e treinador, merece aqui umas linhas de profundo agradecimento. Com a diferença de orçamentos que existe entre Porto e Ovarense, com Americanos de valor claramente inferior aos de Ovar, os pupilos de Alberto Babo mantiveram a esperança dos Portistas até ao último momento.

Tal como no ano passado, este FC Porto disputou o título até à negra efectuando mais uma final fantástica com jogos de emoção tremenda. A dignidade, o orgulho com que defenderam a nossa camisola é também a imagem de marca do nosso Mister Alberto Babo. Julgo que este homem merece o Dragão de Ouro como alguém durante o jantar de sábado me referiu.

Nesta hora de desalento fica a palavra de um Portista que está imensamente agradecido ao seu trabalho. Obrigado pelas alegrias que me deu. Espremeu aquela equipa ao máximo, uma equipa que vivia claramente dos jogadores lusos, principalmente do super Nuno Marçal. Ganhamos a Taça da Liga e por isso voltamos a não ficar em branco. Para o ano com mais sorte e com os «melões» dos EUA, pode ser que a história mude.

Na última quinta-feira quando a Ovarense falhou o triplo final eu saltei e gritei com mais esta vitória do Porto (que igualou a 3 a final), mas senti que as forças da equipa estavam no limite, senti que a chama, se calhar, tinha-se apagado ali. Foi pena, faltou apenas um pouco mais de azul.

Basquetebol: E a história voltou a repetir-se...
Final do play-off (à melhor de 7 jogos, ou seja, 4 vitórias); FCPorto-3-Ovarense-4.

crónica do Ovarense/FC Porto (70-49): O jogo da passada quinta feira em que o FC Porto bateu a Ovarense por 71-69 teve direito a crónica «individual» aqui. Já quanto ao jogo de terça feira em que perdemos por 69-57 pode ver a crónica aqui. Chegamos assim à negra em Ovar onde o Porto demonstrou ansiedade em demasia, fadiga e falta de sorte. A vitória da Ovarense é indiscutível (21 pontos) e no Porto só Terrel esteve em bom nível (15 pontos). Os pupilos de Babo deram tudo o que podiam mas o título está bem entregue. O desalento dos Portugueses da nossa equipa era bem visível mas na minha opinião eles têm é que estar orgulhosos do seu comportamento. Tal como disse no ano passado para nós vocês foram uns heróis, uma vez mais. Não deu para o título mas fizeram-nos acreditar em vários momentos que tal seria possível.

Nas fases finais de Juniores A e Cadetes em basquetebol o FCPorto teve comportamentos díspares. Nos juniores A (4º lugar) a equipa portista não correspondeu mas nos Cadetes (2º lugar) estivemos perto do título que fugiu para o Barreirense no último jogo.

Andebol: Pedro Solha, Bosko, Kavalenka e Saric de saída

Segundo informações recolhidas já estão confirmadas as saídas de Solha, Bosko, Kavalenka e Saric. Para lateral direito o Porto já contratou, ao São Bernardo, Inácio Carmo e para ponta esquerda o jovem Sérgio Martins deve regressar ao Clube depois do empréstimo ao ISMAI nesta temporada. Duas baixas importantes as de Solha e Bosko e uma contratação de um dos melhores jogadores Nacionais deixam ainda no ar a possibilidade de existirem mais contratações. O Porto vai participar no próximo fim de semana num torneio no Algarve.

Hóquei: FC Porto espera agora pelo outro finalista...
Meias finais do play-off (à melhor de 3 jogos, ou seja, 2 vitórias); FCPorto-2-J.Viana-1.

crónica do FC Porto/J.Viana (4-3): Quando Paulo Almeida a 3 minutos do fim empatou a 3 o jogo, confesso que antevi uma tragédia. Desesperei e nem confortado pelos amigos do blog reagi. Fiquei ali à espera do prolongamento com pensamentos negativos. Mas a equipa do Porto foi mais forte que eu. Entrou no prolongamento com toda a força, procurando desde cedo o golo de ouro que arrumava logo a questão e foi então que Emanuel Garcia logo no 1º minuto tudo decidiu. Um golo portentoso de um grande avançado, exímio naquela posição. Rodou sobre o defesa e bateu sem apelo possível o fantástico redes do Viana. E naquele instante exultei com a nossa vitória. Gritei a plenos pulmões o nosso feito. Estamos na final de forma justa mas muito suada. Caio bisou na 1ª parte e Ventura com o seu golo (3-1) parecia ter decidido tudo mas a história ainda não estava toda escrita. Já estamos na final esperando agora que a outra meia final se decida com Benfica e Oliveirense a jogarem a negra amanhã às 21h. A final do play-off vai ser disputada nos dias 31 de Maio, 7, 11, 14 e 21 de Junho. Os jogos em Fânzeres serão o 1º, o 3º e o 5º se necessário. A RTP2 deve transmitir todos os jogos menos o 3º. Sábado (talvez às 17h) espero voltar a ter a companhia de todo o pessoal do blog que desta vez lá esteve em peso no apoio aos nossos hoquistas.














Treinador da Semana: Franklim Pais
Jogador da Semana: Emanuel Garcia

Para técnico da semana, escolho Franklim Pais, por ter conseguido apurar o Porto para a final do campeonato de hóquei na busca do hepta-campeonato, e para jogador da semana, a escolha recai em Emanuel Garcia, pelo golo que decidiu o nosso apuramento. Um momento sublime.

ENTREVISTA EXCLUSIVA
Paulo Cunha, basquetebolista do FC Porto


Paulo Cunha, um dos jogadores mais influentes do basquetebol do FC Porto, aceitou com extrema simpatia responder a um curto questionário, ainda antes do início do play-off. Paulo Cunha foi campeão pelo Porto em 2004 e ganhou as Taças de Portugal de 2004, 2006 e 2007. Ganhou a supertaça de 2005 e as taças da liga de 2000, 2002, 2004 e 2008. Em 2002 foi Dragão de Ouro como atleta revelação.

Se o Porto tivesse ganho o campeonato esta entrevista tinha mais impacto mas pronto, não pode ser tudo pintado com as nossas cores...

Lucho: Paulo, qual o troféu ganho pelo FC Porto que te deu maior gozo vencer?

Paulo Cunha: Qualquer trofeu ganho pelo FCPorto da gozo vencer, mas obviamente o campeonato tem sempre um sabor especial (Paulo Cunha foi campeão Nacional pelo Porto em 2003/04) pois é como um acabar de época perfeito. Qualquer título tem um forte significado, mas vencer no ultimo jogo da época, sagrar-me campeão e entrar em ferias com esse sentimento de conquista no coração tem um significado tão forte, um valor pessoal tão intenso que é complicado o descrever por palavras.

Lucho: Sentiste na pele em algum pavilhão o ambiente de ódio ao FC Porto que infelizmente ainda acontece em alguns locais?

Paulo Cunha: Sim, isso acontece em alguns pavilhões. É normal acontecer no pavilhão da Ovarense mas também nas fases finais quer da taça de Portugal, quer nas taças da liga. Eu pessoalmente compreendo o porquê de o ódio ao FCPorto ser tão grande em alguns sítios, pois trata-se de uma equipa vencedora em todos as modalidades e os adeptos dos outros clubes sentem um pouco de inveja dessas conquistas do nosso clube e a maneira que eles pensam ser a melhor para tentarem dizer que estão indiferentes é mostrar e sentir um ódio enorme. Quanto maior o ódio sentido pelos nossos rivais, maior a grandeza do nosso clube, pois se fossemos fracos eles sentiam pena, que é o que sentimos por eles.

Lucho: Quem é para ti o melhor jogador que já actuou com a camisola de basquetebol do FC Porto? E já agora desafio-te a escreveres o teu cinco ideal da história FCPorto...

Paulo Cunha: É sempre complicado destacar um jogador tendo em conta todos os jogadores de basquetebol com qualidade que passaram pelo nosso clube mas quando era pequeno tinha uma admiração especial pelo Nuno Marçal, não querendo dizer que ele era melhor ou pior do que todos os outros grandes jogadores que já representaram o nosso clube, ele foi simplesmente um jogador que me marcou, uma referencia na minha iniciação ao basquetebol, um modelo que procurei seguir. E agora uma honra, como é obvio, poder jogar jogo após jogo ao lado dele.

Lucho: O futuro pavilhão Dragão Caixa vai servir para fortalecer aquela mística de união e companheirismo que existia entre as várias modalidades do FC Porto? E será suficiente para acolher os nossos adeptos nos jogos de play-off?

Paulo Cunha: Reforçar a mística vai sem a menor duvida, pois quando se pergunta onde joga o FCPorto as primeiras palavras que saem da boca é "nas Antas, no Dragão". Agora se vai ser suficiente eu já acho que não, não vai chegar para todos, principalmente no basquetebol, que estamos habituados a um pavilhão como o de Matosinhos, enorme mas que mesmo assim não chega para todos os adeptos, principalmente na altura dos play-off.


E pronto, até para a semana.

Saudações azuis e brancas,
Lucho.

Recordar a valsa de Viena...

Bayern Munique 1-2 FC Porto

27 de Maio de 1987
Taça dos Clubes Campeões Europeus 1987, final
Estádio do Prater (agora Ernst Happel), em Viena (Áustria)

árbitro: Alexis Ponnet (Bélgica).

Bayern Munique: Pfaff, Eder, Nachtweih, Pfluegler, Winklhofer, Flick (Lunde 81m) Matthaeus, Brehme, Koegl, Hoeness e Rummenigge.
Suplentes não-utilizados: Aumann, Willmer, Bayerschmidt e Kutschera.
Treinador: Udo Lattek.

FC Porto: Mlynarczyk, João Pinto, Eduardo Luís, Celso, Inácio (Frasco 65m), Jaime Magalhães, André, Sousa, Quim (Juary 45m), Futre e Madjer.
Suplentes não-utilizados: Zé Beto, Festas e Casagrande.
Treinador: Artur Jorge

Marcadores: Koegl (24m), Madjer (77m) e Juary (79m).

O momento mais alto da história do FC Porto até então, foi a vitória na Taça dos Clubes Campeões Europeus na época de 1986-87. O FC Porto teve um percurso quase perfeito até à final. O jogo decisivo disputou-se frente ao Bayern de Munique. Ninguém ousava vaticinar o triunfo dos portistas, mas na noite de 27 de Maio as estrelas foram Futre, Madjer - autor de um portentoso golo de calcanhar, e Juary, autor do golo da vitória.

Acaba por ser quase uma injustiça fazer destaques individuais, tal era a categoria da equipa. Começaram melhor os Germânicos, chegando ao golo numa jogada fortuita, finalizada por Koegl. Os Dragões não conseguiam disfarçar algum nervosismo, e Rummenige teve nos pés a hipótese do 2º golo. O intervalo foi bom conselheiro... o treinador Artur Jorge conseguiu incutir nos jogadores a coragem e a confiança suficientes para darem a volta ao resultado.

O FC Porto fez uma grande 2ª parte, vulgarizando completamente o Bayern. Futre quase empata, numa jogada digna de Diego Armando Maradona. A 10 minutos do final, Madjer marcou um dos mais belos golos de sempre da história de competição, de calcanhar, empatando o jogo. Dois minutos depois, o mesmo Madjer cruza para novo golo do FC Porto, apontado por Juary.

Até final, os Dragões dominaram completamente o jogo, tendo tido oportunidades para dilatar o marcador… e a Taça dos Campeões finalmente era nossa!

26 maio, 2008

Balanço

Em primeiro lugar, gostaria de felicitar o BlueBoy, bem como todos os outros colaboradores, pelo 2º aniversário deste blog que é cada vez mais uma referência na blogosfera desportiva. Para mim, o BibóPorto tornou-se num blog de visita diária obrigatória, não só depois de me ter tornado colaborador, mas também antes da minha entrada no blog contribuindo para tal a qualidade dos textos, a diversidade de temas focados, a abrangência de várias modalidades e a grande devoção dos colaboradores ao FC Porto, um clube que admiro pela sua coragem, bravura, persistência e honra. Um clube que a cada título que ganha, ganha também mais inimigos, sequiosos dos tempos em que Benfica e Sporting dividiam títulos alegremente à sombra de um país “democrático”… Mas coitados… o FC Porto é forte demais e por mais “apitadelas” ganhamos sempre mais que os outros…

Depois da introdução, passemos então à minha análise do FC Porto 2007-2008.

Vamos por partes. Internamente, cedo se percebeu que a supremacia do FC Porto sobre os demais adversários não deixava grande margem de manobra… o FC Porto acabaria por ganhar o campeonato, uma prova de regularidade em que todos jogam contra todos e em que a qualidade vem, necessariamente, ao de cima! Nas restantes competições, há uma nota muito negativa a registar para Jesualdo Ferreira e para os próprios jogadores. Para mim a teria mais correcta é de que “quando se ganha ganham todos, quando se perde também perdem todos”. Jesualdo não pode afastar as culpas por não ter sabido motivar os jogadores, por exemplo, em Fátima para a Taça da Liga e também não pode refutar as responsabilidades de uma final de Taça em que, erros de arbitragem à parte, o FC Porto não esteve bem tacticamente, precisou de ficar a jogar com menos um elemento para se motivar para um jogo, que por si só já deveria merecer uma motivação “especial”… Tal como os jogadores do FC Porto não podem “limpar” as suas mãos daquilo que correu mal: individualismo inconsequente, excesso de confiança, falta de concentração nalgumas ocasiões importantes… No entanto, ninguém se pode esquecer que o FC Porto venceu o campeonato com 20 pontos de avanço sobre o 2º, esmagou os mais directos adversários, exibiu qualidade no seu futebol e garantiu o título a muitas jornadas do fim… todos estes são méritos de Jesualdo e dos seus pupilos!

A nível internacional, há que realçar a brilhante fase de grupos em que o FC Porto venceu o seu grupo, deixando atrás de si o poderoso Liverpool. Nos oitavos – de – final, depois de uma eliminatória frente ao Schalke 04 em que o FC Porto foi claramente superior, apenas muito azar e uma exibição inimaginável de um tal de Neuer impediram o desfecho natural da eliminatória, isto é, a vitória do FC Porto. Foi uma derrota inglória e uma vitória do “anti-jogo”, do medo e da supremacia defensiva, enfim tudo aquilo que abomino no futebol!

Resumido, na minha modesta opinião, o FC Porto poderia ter feito mais esta época, principalmente se tivermos em conta que participou em 4 competições internas (Liga, Taça, Taça da Liga e Supertaça) e apenas ganhou uma, a mais importante mas apenas uma… a nível internacional, pelo 2º ano consecutivo caímos injustamente nos oitavos – de – final. No entanto, o futebol não vive de vitórias morais e é importante, até (e sobretudo) financeiramente que consigamos para a próxima época ultrapassar esta barreira dos oitavos, isto porque a partir dos quartos – de – final tudo é possível…e o FC Porto já não pode contentar com uma boa primeira fase. É necessário que se torne numa presença habitual entre os oito melhores clubes da Europa e desta forma, afirmar-se ainda mais no panorama europeu e mundial!

PS: Ultimamente não se fala noutra coisa senão na selecção nacional. São os treinos dos jogadores, são as conferências de imprensa, são as chegadas dos “galácticos”, são as idas à casa – de – banho, enfim tudo e mais alguma coisa tem sido esmiuçado até ao mais ínfimo pormenor. No entanto há uma cena que não posso deixar de abominar e considerar tão RÍDICULA quanto reveladora da “bagunça” em que se transformou a selecção nacional: o duo musical Scolari/Roberto Leal! Bem é melhor nem comentar, porque o ridículo não tem comentário possível…

Um sonho, nunca vem só...

Mónaco 0-3 FC Porto

Liga dos Campeões 2004, final
26 de Maio de 2004
Estádio Arena Aufschalke, em Gelsenkirchen (Alemanha)

árbitro: Kim Milton Nielsen (Dinamarca)

Mónaco: Flavio Roma, Hugo Ibarra, Julien Rodriguez, Gaël Givet (Sébastien Squillaci, 72m), Patrice Evra, Edouard Cissé (Shabani Nonda 64m), Lucas Bernardi, Akis Zikos, Ludovic Giuly (Dado Pršo 23m), Jérôme Rothen e Fernando Morientes.
Suplentes não-utilizados: Tony Sylva, Jaroslav Plašil, Emmanuel Adebayor e Hassan El-Fakiri.
Treinador: Didier Deschamps.

FC Porto: Vítor Baía, Paulo Ferreira, Jorge Costa, Ricardo Carvalho, Nuno Valente, Pedro Mendes, Costinha, Maniche, Deco (Pedro Emanuel 85m), Carlos Alberto (Alenitchev, 60m) e Derlei (Benny McCarthy 78m).
Suplentes não-utilizados: Nuno, Bosingwa, Ricardo Costa e Edgaras Jankauskas.
Treinador: José Mourinho.

Marcadores: Carlos Alberto (39m), Deco (71m) e Alenitchev (75m).

Esta, mais não é do que a prova provada de que "o sonho de muitos... é a realidade de poucos!".

Do meu lado, só tenho a agradecer «eternamente» aos jogadores e ao treinador-maravilha dessa grande equipa que foi o FC Porto por me terem proporcionado ver «ao vivo» a final de Sevilha no ano anterior e a de Gelsenkirchen no ano seguinte.

Por terem tornado possíveis os sonhos que eu nem ousava sonhar, por terem desmentido o impossível, por terem feito com que nesse dia 26 de Maio de 2004, uma vez mais, as camisolas azuis e brancas e o nome do FC Porto tenham atravessado os céus do Mundo inteiro e fossem levados pelos satélites a todas as casas do planeta onde mora um adepto deste desporto fantástico.

Nas televisões do Mundo inteiro, milhares de milhões de olhos seguiram as proezas e aprenderam os nomes de Vítor Baía, Paulo Ferreira, Jorge Costa, Ricardo Carvalho, Nuno Valente, Maniche, Costinha, Deco, Derlei, McCarthy e Carlos Alberto.

Não adiantava especular se jogariam exactamente aqueles onze ou um ou outro no lugar de algum deles. Se jogaríamos em 4x4x2 ou em 4x3x3, ao ataque ou na expectativa, cansados ou com força, corajosos ou com receio.

Se eu tivesse estado no lugar de Mourinho, depois de feito todo o trabalho de casa, limitar-me-ia a dizer aos jogadores: «Chegaram até aqui, o que é uma honra e uma proeza única. Agora limitem-se a ir lá para dentro e jogar o que sabem, com alegria e orgulho, sem medo nem constrangimentos. Tudo o que acontecer será inesquecível»... e não é que foi mesmo?

25 maio, 2008

Estamos de parabéns...

Antes de mais PARABÉNS pelo 2º Aniversário.
Espero que por mais anos possamos parabernizar.
Ao blog BiBó PoRtO, sem demagogia, penso ser o melhor blog do FC Porto.
(Que me perdoem tantos outros.....!)
Em permanente actualização, com artigos sérios sem bairrismos em excesso, torna-se
naturalmente um local obrigatório para uma visita.
Continuem, pois estão no bom caminho. Parabéns.
Varatesa, Espinho

Mesmo sendo amigo da malta e por isso suspeito, não posso deixar de dar os parabéns a um blog que já é uma referência.
Aqui no BiBó PoRtO, há sentido crítico, mas há reconhecimento e gratidão.
Aqui há futebol, muito futebol, mas também há modalidades.
Aqui há Portismo pelo amor ao clube, Portismo desinteressado e não Portismo interesseiro.
Aqui há, principalmente, independência... este blog só está ao serviço de uma causa que é o FC Porto, mais nada!
Um grande abraço e parabéns.
Dragão VilaPouca, Porto

Foi para mim uma agradável descoberta, este blog.
Apesar de não participar activamente, já não consigo passar um dia sem que por várias vezes aceda ao blog. Tem discussões interessantes (por vezes demasiado inflamadas) mas é sempre bom ouvir (ler) todo o tipo de opiniões portistas.
Mas o melhor de tudo são de facto os textos fantásticos de alguns colaboradores, (não vou personalizar nenhum) e claro todas as notícias actualizadas no nosso clube no que se refere às modalidades ditas amadoras.
Continuem assim, essa dedicação à causa, é de louvar e de enaltecer. Pelo FUTEBOL CLUBE DO PORTO, tudo, e ser PORTISTA sempre contra tudo e contra todos.
Bem hajam e saudações azuis.
Emília Silva, Mozelos

Pois bem, este espaço faz hoje 2 anos.
Nâo estou cá desde o início, mas já faço parte dele há mais tempo do que aquele que faço postagens. Porque quem lê o que aqui se publica, aos poucos e poucos vai ficando com este espaço no coração e começamos a senti-lo como um espaço de todos nós.
Ainda me lembro do meu primeiro post. E por isso mesmo, gostava de agradecer ao grande pioneiro desta ideia (nem preciso mencionar o nome) por tudo. Pelo blog do qual tenho orgulho de fazer parte, pela amizade, pela motivação que nos dá e acima de tudo por ser um Portista como há poucos.
Espero que a estes 2 anos se juntem muitos e muitos mais, recheados de sucessos, excelentes publicações e acima de tudo que se mantenha a amizade e este espírito livre que flui em todos nós. Um grande abraço e um beijo,
Tiago Teixeira, Fafe

24 maio, 2008

Pró ano há mais...

Esta época já se acabou. Isto futebolisticamente falando e também a nível de clubes porque a selecção ainda vai ter uns joguitos pela frente e se possível com os jogadores Portistas a brilhar porque embora não sejamos a "espinha dorsal" da selecção Portuguesa (onde é que eu vi isto?), ainda somos a equipa com mais jogadores na selecção.

Mas como o "nosso" futebol já acabou, esperamos que as outras modalidades consigam repetir os feitos da nossa equipa de futebol. No hóquei e no basquetebol as coisas estão bem encaminhadas, agora vamos lá ver como é que tudo corre. Pode ser que corra bem. Quem chegou até aqui, tem o direito de sonhar em levantar as taças.

Falando em contratações, foi confirmada (isto pelos jornais) porque pelas fontes de comunicação do nosso clube ainda não vi nada, mas a confirmar-se, esperemos que nos saia um bom jogador. Defesa esquerdo titular do actual campeão Argentino, vamos ver o que o futuro nos reserva. E por falar em futuro, já aqui foi referido: "Ficarei contente se o FC Porto me contratar". Há certas e determinadas situações que nos fazem rir, sabe-se lá porquê.

Um abraço,
Tiago Teixeira

ps - Um abraço especial para o Blue Boy, grande pioneiro deste blog, e uma inspiração a nível de paixão clubística. Obrigado por fazeres o que fazes pelo nosso clube e por todos nós que lemos este blogue e fazemos parte dele.

23 maio, 2008

O mercado já fervilha...

15.04.2008
Rolando... a caminho do Dragão

Em declarações ao Porto Canal o presidente do tricampeão nacional anunciou que o FC Porto contratou, para as próximas quatro temporadas, o internacional sub-21 Rolando, que esta época representa o Belenenses. O defesa central terminava esta época o contrato que o ligava ao clube de Belém, mas o acordo foi realizado entre os dois clubes. «Só falámos com o Rolando depois de autorizados pelo presidente do Belenenses. Fui eu pessoalmente que cheguei a acordo com Fernando Sequeira para fazer a transferência. Está tudo regularizado, o Rolando será jogador do FC Porto nos próximos quatro anos», anunciou Pinto da Costa.

12.05.2008
Bosingwa... de saída do Dragão

Negócio fechado. José Bosingwa é jogador do Chelsea nos próximos cinco anos. O passe do lateral-direito portista foi vendido por 20 milhões de euros e vai agora fazer companhia aos portugueses Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira e Hilário no clube londrino.

A saída de Bosingwa era considerada inevitável e o futebol inglês tido como o seu destino mais provável, face ao interesse manifestado por três dos seus clubes mais poderosos, como o Manchester United, Liverpool e Chelsea. O milionário russo Roman Abramovich não entrou no leilão de preços, ofereceu o valor pedido pelo defesa e passou a perna à forte concorrência.

22.05.2008
Tomás Costa... a caminho do Dragão

Tomas Costa já não escapa. Agora sim, é jogador do FC Porto, com contrato até à época de 2011/2012. Interferências externas – do Nápoles – poderiam ter feito perigar a transferência.

Assunto encerrado. O FC Porto voou até à Argentina para terminar com as especulações à volta da alegada resistência de Tomas Costa e do Rosário Central à proposta pré-aceite antes de o Nápoles colocar mais cerca de dois milhões de euros sobre a oferta portista.


23.05.2008
Nelson Benítez... a caminho do Dragão

O FC Porto acertou a contratação de Nelson Benítez, lateral-esquerdo do Lanús, que completa 24 anos este mês, para as próximas quatro temporadas. A transferência, fechada ontem na Argentina, faz-se a troco de um milhão de euros, por 50 por cento do passe.

Esta é a segunda investida dos portistas no mercado argentino num curto espaço de dias. Depois de fechar o médio Tomás Costa, contratado por quatro anos, Antero Henrique, director-geral dos dragões, aproveitou a viagem para acertar também a transferência de outro jogador referenciado há algum tempo e que ganhou algum protagonismo por ter feito parte da equipa do Lanús que surpreendeu o futebol argentino ao ganhar recentemente o título. No caso, o Torneio Apertura.

ps - autor des(conhecido): «Ficarei contente se o FC Porto me contratar». Aceitam-se apostas!

Professor Pardal... o inventor e os seus inventos!

Que mais poderia falar eu esta semana, se não no desaire que aconteceu no passado domingo? Fiquei desiludida com a equipa, com o treinador, com tudo!

Como pode o treinador de uma equipa fantástica, inventar num jogo importantíssimo em que poderíamos ganhar mais um troféu?

Porque é que sempre que temos de mostrar o nosso valor em jogos importantes, o treinador inventa e volta a inventar? Será que o Jesualdo Ferreira é treinador para o FC Porto?

Eu já tinha dito e volto a repetir, Jesualdo Ferreira não é treinador para o FC Porto!

O FC Porto precisa de um treinador que tenha sede de ganhar, que tenha vontade de vencer e não um inventor em jogos decisivos!

Como é que um treinador vai para a Champions League inventar tácticas, não faz substituições quando as tem de fazer, coloca jogadores em posições que não as deles… não percebo! As invenções deste professor são um desastre total?!

A que nos levou as suas invenções? Apenas ao TRI! Podíamos ter ido muito mais longe na Champions League, podíamos ter ganho a Carlsberg Cup, podíamos ter ganho a Taça de Portugal! Podíamos ter ganho o que havia para ganhar. E porquê? Porque temos uma grande equipa! Temos Magníficos jogadores! Temos jogadores com garra… mas com um treinador, assim não vamos a lado nenhum! Com invenções, não vamos a lado nenhum?!

Há quem diga que “mas ganhamos o campeonato com grande diferença de pontos”... e daí? Será que só foi mérito do FC Porto ou será que foi desmérito das outras equipas?Não tirando o mérito aos nossos jogadores, é claro! Mas jogos que deveríamos ter ganho, perdemos por coisas estúpidas.

Será que ninguém vê que este treinador não vale nada?
O FC Porto merece um treinador melhor!

Queremos aquele FC Porto que ganha tudo!
Queremos um FC Porto vencedor e sem medo de ninguém!
Queremos um FC Porto que ganhe todas as competições!

Saudações Azuis e Brancas,
Sodani

22 maio, 2008

A «negra» vai decidir tudo...

FC PORTO, 71 - AD OVARENSE, 69
(6º jogo da final do play-off / FCPorto, 3 - Ovarense, 3)

O FC Porto ganhou esta tarde à Ovarense, por 71-69, no sexto jogo da final do Campeonato da Liga de basquetebol, disputado no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos, empatando de novo a contenda. Julian Terrell (20 pontos), Torre Morris (18) – suplente – e Nuno Marçal (15) foram os melhores marcadores do FC Porto, enquanto pela Ovarense John Waller, com 16 pontos, esteve em destaque.

O 7º e decisivo encontro vai ter lugar no Arena Dolce Vita, em Ovar, já no próximo sábado, pelas 17h00, com transmissão televisiva na RTP2.

Resultados:
09 Maio: Ovarense - FC Porto, 59-61
11 Maio: Ovarense - FC Porto, 74-72
15 Maio: FC Porto - Ovarense, 72-69
17 Maio: FC Porto - Ovarense, 59-69
20 Maio: Ovarense - FC Porto, 69-57
22 Maio: FC Porto - Ovarense, 71-69
24 Maio: Ovarense - FC Porto (17:00 horas)

A festa da Taça

O dia prometia emoções fortes. A ansiedade, misturada com aquele entusiasmo febril, típico dos momentos que antecedem os grandes jogos, eram uma mistura explosiva. O pequeno-almoço foi deglutido num ápice, com o relógio sempre a ser mirado, de esguelha, não fosse o ponteiro dos minutos avançar mais rapidamente do que o devido…

A convocatória, sem a pompa ou o mediatismo das escolhas do “mui nobre” seleccionador nacional, já tinha sido efectuada, atempadamente. Eles estavam convocados. Não para o Clube Portugal. Mas como parte integrante de um exército gigantesco que, nesse Domingo, marcharia para Sul, cantando alto e bom som o seu amor incondicional pela flâmula do Dragão…

Estilhaço. Lucho. Blue Boy. Makinho. Bicho. Eu mesmo, orgulhosamente trajando a camisola nova, ofertada por almas caridosas, com a inscrição sonante nas costas: “El Comandante”…

A marcha inexorável do tempo tinha começado. A contagem decrescente também. Rumo ao Jamor, numa auto-estrada colorida de azul e branca, pintalgada com um entusiasmo juvenil, difícil de conter…

A cada paragem retemperadora, o mesmo genuíno espanto. Milhares de portistas, imbuídos na mesma fé, crentes como sempre na vitória do Dragão, sempre fiéis, dizendo presente a cada momento, numa prova inequívoca do crescimento desmesurado do clube…

A final da Taça é isto. Convenciou-se dizer que este jogo, epílogo de uma longa época, é a festa. Será. Mereceria melhor palco, com condições mais dignas de acolhimento. Não aquele mausoléu de betão, decrépito e obsoleto. Mas a festa popular não precisa de grandes mordomias para acontecer. Basta um mísero local para pousar a toalha e acondicionar os acepipes, e as conversas fluem, livremente. O cheiro da carne grelhada, misturado com o doce torpor do vinho, os tremoços salgados unidos à imperial gelada, com a música pimba estridente nos altifalantes dos carros, transformando o verde da mata num ponto de troca de experiências, convívio sadio e exacerbação dos valores clubistas…

Cada final é uma experiência única, vivida de forma própria. Eu gosto particularmente de registar visualmente o que me rodeia, tentando reter aqueles momentos para mais tarde recordar, quase como se o meu cérebro funcionasse como uma máquina fotográfica. Sorrisos nervosos, bravatas cantadas, fanfarronices gritadas aos sete ventos, rostos fechados, sorumbáticos, faces pintadas, numa alegoria carnavalesca, numa miscelânea de emoções difícil de descrever em palavras.

Foi uma final com pouco Porto. Ou antes, com um Porto acomodado, para utilizar um eufemismo. Uma equipa lenta de processos, descoordenada nas transições, incapaz de romper os espartilhos colocados por um adversário mais motivado e com a lição bem estudada. Residiu aí, em primeiro lugar, a diferença qualitativa entre as duas equipas. A questão colateral do caso Bosingwa, ainda por esclarecer, privou o onze azul e branco de um dos seus desequilibradores natos, fazendo a própria equipa técnica titubear na solução para a sua ausência. Num momento comparável ao hara-kiri dos pilotos japoneses, na II Grande Guerra, quando estes enviavam os próprios aviões contra os couraçados inimigos, o Porto começou a final com claras tendências suicidas. A concessão da lateral esquerda ao pouco rotinado João Paulo, quando o bom senso aconselharia a sua inclusão no flanco oposto, fez da equipa que subiu ao relvado uma amálgama de talento confusa. Não foi, por isso, de estranhar a medíocre primeira parte, longe dos momentos exuberantes que nos deliciaram, ao longo da época.

O Porto sobreviveu como pode, sobretudo através das injecções de moral dadas por um herói improvável: Nuno, o eterno relegado para o banco, por sucessivas gerações de guarda-redes, mostrou a raça dos virtuosos, defendendo com abnegação e empenho a guarda da baliza azul. O espectáculo azul e branco resumia-se aos cânticos incessantes de incentivo, vindos do Topo Sul, onde os bravos adeptos, fustigados por um sol abrasador, um vento de arrepiar e uma chuva fina e gélida, não paravam de acreditar. “Nós somos a tua voz…”

Grande parte das possibilidades de erguer o troféu, na tribuna presidencial, foi cerceada pela intempestiva entrada de João Paulo, reduzindo a equipa a 10, obrigando-a a um esforço hercúleo.

Mas, paradoxalmente, foi ali, naquele fatídico minuto 71, que ressuscitou o espírito indomável do campeão. Qual Fénix renascida das cinzas, a equipa mostrou os seus verdadeiros atributos. A raça do Dragão assomou ao relvado do Estádio Nacional, equilibrando a contenda, criando oportunidades, dando a ideia de que a vitória não era mera utopia. Só que a equipa de Jesualdo está preparada, apenas, para jogar contra 11 opositores. Mas havia mais um, sedento de protagonismo…

Causticado pela imprensa, vilipendiado pelo público, Olegário cumpriu no Jamor nova etapa de reabilitação moral. Marcado de forma férrea pelo pretenso erro de análise, que teve Baía como protagonista, o juiz leiriense nunca mais conseguiu fugir das malhas acintosas dos paladinos da escrita, autores de campanhas difamatórias que destroem reputações com enorme facilidade.

Depois de ter cumprido, sem grande parcimónia, a primeira etapa da sua via-sacra, ao validar um golo precedido de falta, na Supertaça entre Benfica e Setúbal, permitindo assim a conquista do troféu pelo clube encarnado, Olegário recebeu a nomeação para a final da Taça como nova e sublime oportunidade de resgatar a sua honra do opróbrio a que tinha sido votada.

A arbitragem do Jamor não foi mais do que o desnudar da realidade lusa, no que toca aos homens do apito. Dualidade de critérios disciplinares, incompetência notória no acompanhamento dos lances, análises deturpadas dos casos polémicos, numa confrangedora nulidade que, num qualquer País que se preze, só poderia redundar na abertura de um inquérito disciplinar. Com direito a reforma compulsiva. Mas isso seria num Mundo perfeito. Aqui, o Benquerença está finalmente reabilitado. O País já pode respirar de alívio....

ps - O artigo que acabei de escrever não tenta, nem poderia, encontrar bodes expiatórios, dentro do clube, para uma derrota dolorosa. Sempre achei que é nestes momentos, pós desaire, que se sente a alma de um clube. E, confesso, ouvindo os humilhantes “olés” da claque adversária, naquelas bancadas de cimento, com a cara fustigada pelas bátegas de água despejadas por um céu inclemente, senti-me orgulhoso. De ser PORTISTA. Do apoio incondicional dos milhares de adeptos. Da atitude demonstrada pela equipa, mesmo reduzida a 10 homens. Há momentos de descrença. Outros de euforia. No Domingo, apesar de tudo, saímos fortalecidos. E isso diz tudo em relação ao clube. O futuro é nosso. E é já a seguir!

21 maio, 2008

Um Domingo de Taça

Ainda antes da partida, passamos no multibanco. E não se estacionou em segunda fila apenas para evitar insultos e agressões.
A organização estava boa e as informações de como e aonde chegar correctas. O Jamor parecia um parque de campismo com instalações razoáveis, wc´s 'ambulantes' e roulottes de cachorros.
A camaradagem e o convívio foram excelentes. Não faltou entrecosto, sardinhas e abacaxi. Tudo bem grelhadinho na brasa acompanhado pelo respectivo tintol, alvíssaras aos nossos amigos da ocasião. E depois do café, que mais parecia um refresco, chegou então a hora do jogo.

Com as claques bem animadas penso que se terá tocado 'A Portuguesa' mas só deu para ouvir o final. O speaker, tão entusiasmado nas ondas, deveria ter sido mais versátil na informação do hino.
Ok, bamos agora à bola.
Com cerca de 30 minutos a dormir não se deu logo a vantagem ao adversário em duas ocasiões devido a uma boa actuação do Nuno. Faltava alma e pulmão (teve-o o Meireles lá mais para o fim) no meio campo. O Lucho demorava a aparecer tanto por demérito próprio como por mérito do Veloso e o João Paulo não subia.
Após a meia hora o Porto conseguiu repelir um pouco a sonolência e equilibrar o jogo com um slalom do grande Mariano que pecou pela boa defesa do Patrício ao tiro do Licha.
Mas ainda antes um golo anulado e acho que, por imagens da tv, mal anulado ao Romagnoli.

Uma segunda parte já taco a taco até à expulsão do João Paulo com uma entrada arriscada e aparatosa. Penso que bem expulso embora não consiga, até agora, confirmar se o Moutinho, que entra tb. de pé á frente e tem tanto de bom jogador como actor de filmes de guerra, foi ou não tocado. Bem ou mal o Sr. Benquerença, que estava bem colocado, decidiu.
Pena ter deixado passar, momentos antes e também bem colocado, o que me pareceu um albarroamento claro dentro da grande área ao Licha.

Com 10 o Porto ganhou alma e fez das tripas coração levando o jogo ao prolongamento onde o Sporting foi mais feliz, já na 2ª. parte com uma carambola do Tiuí na mão do Pedro Emanuel. Isto mais uma vez após um varrer do Polga ao Lisandro e que me pareceu, mesmo á minha frente, fora da área. O sr. Benquerença, mais uma vez bem colocado e mais outra vez mal ou bem decidiu nada assinalar. E já com o Bruno Alves na frente não foi com muita surpresa que aconteceu o segundo golo, de belo efeito.

Embora tendo em conta que, se fosse ao contrário, caia o Carmo e a Trindade não contem comigo para gritar fora o árbitro e fazer grandes juízos sobre a arbitragem.
Não, não gosto de perder mas sou da opinião que a Taça ficou bem entregue e dou os parabéns ao adversário. Culpar os outros por falhas nossas não está com nada.
O pessoal, em vez de jogar à bola, estava já de férias e deu uma boa meia hora de avanço ao adversário.
E já sabemos que, no campo, não nos basta ser apenas melhores. Temos que ser insuperáveis! Grandes penalidades e faltas a favor perto da área do adversário são raras e necessitam de uma coragem imensa por parte da equipa que devia fazer respeitar as regras do jogo e a verdade desportiva. Foi assim durante todo o campeonato e será assim no futuro, que teima em não ser o que deveria.
Culpar agora a SAD por causa do Zé é cuspir para o ar. O Zé esteve (?) no jogo com o Nacional e foi o que foi.
Culpar agora o Prof. por ter utilizado o João Paulo ou o Lino é fácil mas as opiniões anteriores ao jogo, estavam repartidas entre um tentar de umadefesa mais sólida devido ao facto de termos um homem a menos a meio-campo ou ter um homem mais audaz no corredor esquerdo.
O João Paulo não subia mas a maioria dos ataques vinham pelo nosso lado direito.
O Prof. tem culpa sim senhor e repartida com o Capitão, ao não se terem dirigido ao topo sul para saudarem os adeptos no final do jogo. Que porra, ficamos quase até ao fim, fizeram-se 600 e tal kms e V. Exas. não poderiam ter feito uns metros???
A viagem a Norte foi chuvosa e silenciosa até que alguém se saiu com um 'até parece que perdemos o jogo' (risos).

Em balanço sou de opinião que o FC Porto teve um época a um bom nível.
Mas foi suficiente? Não!
Seria devido um ir mais longe na Champions e um maior esforço e desempenho nas taças.

E como epílogo apenas uma ideia que me rói a alma.
Nunca mais chega a super-taça!

Nós ainda acreditamos...

AD OVARENSE, 69 - FC PORTO, 57
(5º jogo da final do play-off / FCPorto, 2 - Ovarense, 3)

Jogo de fraco nível com muitos turn-overs e onde os jogadores azuis e brancos estiveram verdadeiramente desinspirados (falharam-se 14 lances livres, 50%). Salvaram-se Nuno Marçal (14 pontos) e Paulo Cunha (10 pontos e 6 ressaltos). Terrel e Gentry estiveram desastrados nesta partida. Mas, segundo o que conheço do Professor Alberto Babo, ainda não atiramos a toalha ao chão e por isso julgo que os adeptos do FC Porto ainda acreditam ser possível abater esta Ovarense que procura o tricampeonato.

Nesta partida, a Ovarense ganhou os 4 períodos e ao intervalo já vencia por 35-28.

O momento negro deste jogo foi quando Paulo Cunha levou um MURRO de Waller e os árbitros apitaram um falta normalíssima quando o que se exigia era exclusão deste jogo e dos próximos jogos da final. Será que a Ovarense precisa destas ajudas?

Amanhã às 17h em Matosinhos, joga-se a 6ª partida (sem tv) e se o FC Porto ganhar temos sábado (17h em Ovar-RTP2) a última e decisiva partida. Amanhã lá estarei.

Sevilha, foi nossa!

Celtic Glasgow 2-3 FC Porto

Taça UEFA 2003
21 de Maio de 2003
Estádio Olimpico, Sevilha (Espanha)

árbitro: Lubos Mitchel (Eslováquia)

Celtic Glasgow: Douglas, Mjalby, Balde, Valgaren (Laursen 64m), Agathe, Lambert (McNamara 75m), Lennon, Thompson, Petrov (Maloney 104m), Larsson e Sutton.
Suplentes não-utilizados: Hedman, Sylla, Fernandez e Jamie Smith.
Treinador: Martin O'Neill.

FC Porto: Vítor Baía; Paulo Ferreira, Jorge Costa (Pedro Emanuel 70m), Ricardo Carvalho e Nuno Valente; Costinha (Ricardo Costa 8m), Maniche, Deco e Alenitchev; Derlei e Capucho (Marco Ferreira 97m).
Suplentes não-utilizados: Nuno, Tiago, César Peixoto e Clayton.
Treinador: José Mourinho.

Marcadores: Derlei (45m), Larsson (47m), Alenitchev (53m), Larsson (56m) e Derlei (114m).


Mais de cinco se passaram sobre Sevilha. Passou o jogo, passou o calor, passou a sede, a saga de dias e dias, passou a jornada de ziliões de emoções & mais uma, passou a loucura. Passou-se à história. Os escoceses passaram-se e as ruas da mitificada cidade da Andaluzia esvaziaram-se. Naquilo que foram excelentes notícias para a população local, voltaram a repor-se os stocks de cerveja. Já tudo se escreveu e já tudo se disse. Sevilha. Final. Taça. Nossa. CARAGO!

Ainda hoje me sinto inchado de orgulho pelo clube que tenho aqui dentro. Sou diariamente e à mesma hora obrigado a fazer o curativo do inchaço que teima em não desaparecer. Oh pá! É que Sevilha foi tudo. Foi Epopeia, foi Ilíada, foi Odisseia, Lusíadas e Ilha dos Amores em 5 Cantos, foi Mensagem e Música no Coração. Mas foi sobretudo BraveHeart e o desafio do Guerreiro em Momentos de Glória. O Mundo a Nossos Pés. Foi e é a Insustentável Leveza do Ser. Foi filme, foi épico, foi comédia, foi ópera lírica, foi fábula, conto de mil e uma noites... foi Pullitzer, Nobel, Emmy, Florbela Espanca e Shakespeare. Foi obra!

Apesar da imaturidade do Postiga, apesar do Larsson, apesar da obstinação do Costinha, apesar da manobra de diversão do GoldPalace Casino.com (click here! click here!), apesar da lesão do Jorge Costa, apesar do árbitro do jogo de Lens, apesar do obtuso do seleccionador nacional, apesar da pileca do Presidente da Câmara, apesar de jogadores no very limite, apesar do desgaste e dos estiramentos … a Senhora D. Taçona acabou por ser levantada pelo melhor plantel do mundo e arredores. Isto no meio de rutilantes confettis azuis e brancos, sinónimos de vitória, glória. História.

Aconteça o que acontecer, venha o que vier, digam o que disserem, teremos sempre SEVILHA !!!

Nas 1/2 final, um FC Porto de «luxo» na noite gélida e chuvosa do dia 10.04.2003



Num ambiente sufocante, eis então a final de Sevilha.



O descomprimir das emoções... festejando com os adeptos.

20 maio, 2008

Dá-nos a tua opinião...

No seguimento dos festejos do 2º aniversário do blog BiBÓ PoRtO, carago!!, que vai ter o seu grande momento com a realização de um convivio/jantar no próximo fim-de-semana, dia 24 de Maio (sábado), já oportunamente divulgado por aqui, pretendemos que de uma forma ou outra te juntes a nós neste momento, deixando aqui um apelo a que, EM LIMITE, e até ao próximo dia 24 de Maio, nos remetas por email (blogdoblueboy@mail.com), com indicação do teu nome/nickname e localidade, qual a tua opinião, sugestão, reparo, observação, critica ou outra, sobre este espaço de discussão ao longo do tempo que nos visitas, em não mais que meia dúzia de palavras/linhas.

Prometemos que todos os comentários, sem excepção - desde que o seu teor mantenha os principios da boa educação e respeito - serão publicados ao final da noite do próximo dia 24 (sábado) no post alusivo ao 2º aniversário.

Diz-nos o que verdadeiramente pensas deste espaço de discussão... ajudando-nos a que no futuro, possamos qualitativamente elevar ainda mais este espaço. Contamos com a tua opinião!

Há ainda muita coisa por ganhar...

No futebol acabou a temporada. O FC Porto foi o grande vencedor da época com o TRIcampeonato a ser conquistado de forma inequívoca. A Taça de Portugal finalizou a temporada e salvou a época do Sporting. Estive no Jamor em mais um fantástico dia de convívio com a malta do blog (venha daí esse jantar de sábado...) e só foi pena o resultado final mas que não apaga de maneira alguma as imagens de êxito, de glória e de alegria que nos acompanharam nos últimos 10 meses.

O que fica dessa final, a meu ver é a arbitragem deplorável que desde o 1º instante demonstrou ao que vinha. O FC Porto foi roubado. Ponto final. 120 minutos de campo inclinado. Confesso que por momentos depois do 1º golo baixei a cabeça e fiquei alguns segundos sem força sequer para olhar para o relvado. Mas à saída do Jamor (foi a minha 3ª final ao vivo, a 1ª que correu mal), um único sentimento tomou conta de mim. Orgulho. A forma como nos tratam, como nos atacam faz com que nestas horas de dor e sofrimento eu sinta ainda mais o clube. «Quando alguém se atraver a sufocar o grito audaz da tua ardente voz, oh oh Porto então verás vibrar a multidão num grito só de todos nós». Porto!

No Nacional de Juvenis em futebol, o FC Porto empatou 3-3 no Olival com o Benfica num jogo em que foi superior e se deixou empatar de forma infeliz a 10 minutos do fim. Alex marcou 2 golos e Sérgio Oliveira o melhor golo da manhã de um domingo negro para as nossas cores nas várias modalidades e competições. Já no Nacional de Iniciados em futebol, o FC Porto ganhou ao Sporting no Olival por 1-0 com um golo de Lupeta.

Nas modalidades esta é uma altura em que todos os títulos se decidem. E por isso escolhi o título dizendo que há ainda muito por ganhar. Este fim de semana não foi nada positivo mas ainda estamos na luta pelo título no basquetebol e no hóquei ainda podemos ganhar campeonato e Taça de Portugal sem falar nos vários campeonatos de formação das várias modalidades. Esta época 2007/08 o FC Porto já ganhou o Campeonato em futebol, a Taça da Liga em andebol, a Supertaça em hóquei em patins e a Taça da Liga em basquetebol.

Basquetebol: 3 árbitros de Lisboa em mais um roubo de igreja
Final do play-off (à melhor de 7 jogos, ou seja, 4 vitórias); FCPorto-2-Ovarense-2.

crónica do FC Porto/Ovarense (59-69): O jogo da passada quinta feira em que o FC Porto bateu a Ovarense por 72-69 teve direito a crónica «individual» na passada sexta feira. Pode consultá-la aqui. No jogo de sábado a Ovarense entrou melhor mas o Porto nunca desistiu e remou sempre contra a maré... Chegamos a liderar o marcador mas a partir daí 3 senhores de Lisboa aperfeiçoaram a sua forma de arbitrar que já nos vinha a ser nefasta. Porto na frente, falta anti-desportiva inventada para a Ovarense acreditar novamente e 5 pontos nessa jogada oferecida. Numa tabela um critério totalmente diferente da outra. Os postes da Ovarense podem jogar rugby mas os nossos nem sequer badminton. É assim o desporto em Portugal. O Porto é o alvo a abater... Tristes esses 3 senhores que nem sequer merecem que publicite os seus nomes. Gentry com 14 pontos foi o melhor do Porto num jogo em que Paulo Cunha finalmente demonstrou melhor eficácia no ataque. Hoje às 21h joga-se a 5ª partida em Ovar com tudo empatado. Quinta feira, feriado joga-se às 17h em Matosinhos a 6ª partida (estes dois jogos sem tv) e, se for necessário, joga-se a 7ª e última partida em Ovar às 17h deste sábado (RTP2). Este fim de semana o Benfica que preferiu jogar numa divisão secundária nem assim se safou e foi eliminado do play-off pela Física (3-1)!!! Nos juniores B na final four Nacional o Porto ganhou por 30 pontos ao Benfica e ganhou até ao Barreirense por 2 pontos mas a derrota com a Oliveirense deu o título ao Barreirense e caímos para o 3º lugar. No ano passado tinhamos ganho este título.

Andebol: FC Porto sem chama acaba a época a perder
Final Four da Taça de Portugal disputada em Guimarães (ABC vencedor)

1/2 FINAL-crónica do Sporting/FC Porto (30-36): Grande entrada do Porto em jogo com Solha e Moreira em grande estilo levando o marcador até impensáveis 12 golos de diferença. O Sporting estava de rastos mas na 2ª metade o inacreditável ia sucedendo com os leões a empatarem o jogo a 15 minutos do fim. O Porto abanou mas não caiu e na ponta final com Eduardo Filipe a aparecer com remates fulminantes (10 golos) o FC Porto voltou à liderança no marcador vencendo com justiça um Sporting conformado. Na outra meia final o Abc (que perdera há 2 dias o título para o slb com 3-1 na final do play-off) bateu o Isave por 31-22.

FINAL-crónica do ABC/FC Porto (32-26): Nunca pareceu que o Porto pudesse ganhar este jogo. Houve uma reacção na parte final da 1ª parte conseguindo igualar o marcador mas a equipa pareceu sempre sem chama, sem confiança, sem alegria. Pior que isso, Resende voltou a improvisar, fazendo trocas e mais trocas, experiências impensáveis numa final de taça de Portugal. Não é embirração nenhuma, basta ver os jogos e ler a imprensa de segunda feira. Destaco Filipe Mota muito bem nos 2 jogos e Eduardo Filipe (9 golos neste jogo), claramente o melhor do Porto nesta final four. Vitória justa do ABC de Braga nesta final da Taça de Portugal que foi ganha pelo Porto nas duas últimas épocas. O Porto ganhou a taça da Liga e além de ser finalista vencido da Taça de Portugal foi 5º classificado no campeonato. Ficou fora das provas Europeias depois de nesta época ter alcançado os oitavos de final da Taça das Taças. Uma época com altos e baixos mas que face ao nosso plantel soube a pouco.

Hóquei: FC Porto perde nos penaltys e vai à «negra»
Meias finais do play-off (à melhor de 3 jogos, ou seja, 2 vitórias); FCPorto-1-J.Viana-1.

crónica do J.Viana/FC Porto (4-3, após gp): Em Viana Ricardo Figueira marcou os 2 primeiros golos dando vantagem ao Porto mas a Juventude de Viana nunca desistiu e empatou a partida (2-2). No prolongamento não houve golo de ouro e nos penaltys os locais marcaram 2 contra 1 do Porto (Jorge Silva). O hexacampeão que não contou com Filipe Santos nesta partida está agora obrigado a ganhar sábado (18h) em Fânzeres, onde o pessoal do blog deverá estar em peso, seguindo depois todos juntos para o jantar do 2º aniversário do nosso blog de adoração ao Porto. Sábado é necessário um ambiente forte e de grande e intenso apoio aos hexacampeões que procuram atingir a final do campeonato. Quem perder este jogo fica fora da discussão do título. Eu acredito neste Porto. Força!

Treinador da Semana: Alberto Babo
Jogador da Semana: Eduardo Filipe

Para técnico da semana, escolho Alberto Babo, por ter ganho um dos jogos desta semana à super-favorita Ovarense, e para jogador da semana, a escolha recai em Eduardo Filipe, pelos 19 golos apontados na final four da Taça de Portugal, 10 na vitória diante do Sporting e 9 na derrota frente ao ABC.

ps - No fim de semana passado decorreu o Torneio Nadador Especialista para Juvenis e Absolutos (Jun/Sen). Relativamente aos nadadores do FCPorto destaque para o 1º lugar conseguido por Catarina Oliveira e Paulo Andrade. Também com bons desempenhos estiveram João Almeida e Danilo Machado (2º lugar) e João Ferreira e Tânia Marques (3º lugar) nas diversas provas onde participaram elementos da Natação do nosso Clube. Neste fim de semana a nossa equipa de Infantis (Natação) esteve presente no Torneio ANNP/TYR na Piscina Olímpica da Póvoa do Varzim sendo de destacar a prestação da nossa atleta Ana Neto que venceu as 4 provas em que participou. Quanto à equipa Absoluta, esteve presente no XX Meeting Queima das Fitas - I Meeting Internacional de Coimbra conseguindo16 Pódios (Ouro - 11, Prata - 3, Bronze - 2). Joana Carvalho conseguiu os mínimos para os Campeonatos do Mundo Youth.

E pronto, até para a semana. Certamente, com melhores notícias...

Saudações azuis e brancas,

Lucho.

19 maio, 2008

Olegário… rima com vigário!!

Taça de Portugal, final
18 de Maio de 2008
Estádio Municipal de Oeiras, em Lisboa
Assistência: --- espectadores

Sporting CP: Rui Patrício; Abel (Tiuí, 91m), Tonel, Polga e Grimi; João Moutinho «cap», Miguel Veloso, Iazmailov (Pereirinha, 76m) e Romagnoli; Derlei (Gladstone, 116m) e Yannick.
Não utilizados: Tiago, Ronny, Vukcevic e Farnerud.
Treinador: Paulo Bento.

FC Porto: Nuno; Fucile, Pedro Emanuel «cap», Bruno Alves e João Paulo; Lucho, Paulo Assunção (Tarik, 112m) e Raul Meireles (Kazmierczak, 104m); Mariano (Lino, 79m), Lisandro e Quaresma.
Não utilizados: Ventura, Stepanov, Bolatti e Farías.
Treinador: Jesualdo Ferreira.

Disciplina: cartão amarelo a Paulo Assunção (36m), Abel (54m), Raul Meireles (96m), Derlei (101m) e Lucho (113m); cartão vermelho a João Paulo (71m).

Golos: Tiuí (111m e 117m).

azul + : Raul Meireles (VIPortista), Nuno, Lucho, Mariano.

azul - : João Paulo, Fucile, Quaresma e Lisandro.

arbitragem: Olegário Benquerença (Leiria) Valter Ferreira e Luís Salgado… o título deste post, já diz tudo e nada mais tenho a acrescentar, senão repetir-me: "Olegário, rima com vigário!!".


Tremenda desilusão, essa é que é essa… poderia começar esta narrativa por vários pontos ilustrativos do que se passou ontem no Estádio Municipal de Oeiras, mas não poderia deixar de dizer que, agora que tudo já passou, após uma fantástica viagem com outros 5 amigos das lides futeboleiras, caímos é verdade, mas de pé, como bravos Dragões que somos e demonstramos em campo, jogando cara-na-cara, mais de 50 minutos (!) com um jogador a menos e em momento algum, fomos inferiores.

Reconheço que nesta hora, os habituais abutres da presa indefesa andarão a pairar por tudo quanto é lado, numa busca desenfreada pelo/s culpado/s, porque alguém terá que assacar com essa responsabilidade, levando à letra a máxima de que “se a culpa não é do cú, será das calças”. Tenho vergonha destes Portistas “de jornal” ou melhor ainda, os “das vitórias”.

O grande culpado da derrota de ontem, no sentido figurativo, é claro, quanto a mim, trata-se de apenas um: o estarmos mal, muito mal habituados… o de vencermos mais vezes, o de conquistarmos mais vezes, o de lutarmos mais vezes, o de sorrirmos mais vezes, etc, etc. Se não se sentem bem nesse papel, só vos deixo um conselho: mudem de clube, porque não nos fazem falta nenhuma!

Ontem, estive até ao último momento naquelas bancadas já quase despidas do azul-e-branco da minha paixão, olhando ao redor e sentindo de igual modo a tristeza que invadiu toda aquela mole de gente anónima, fantástica, guerreira e que nunca vira a cara à luta, ainda a tempo de assistir a mais uma das habituais cargas policiais sobre tudo o que mexia, incluindo mulheres que foram autenticamente varridas por homens cobardes de bastão em punho, assistindo até a um Pai, qual protector “taliban” do seu rebento, afagando a sua filha de muita tenra idade ao colo, que procurando fugir dos bastões que varriam os ares naqueles instantes, por uma sorte, não se estatelou com a criança pelas escadas abaixo… direi apenas que mais uma vez, MERDA de país que tem homens cobardes como estes que usam e abusam da autoridade, não separando o trigo do jóio.

Por fim, ausentei-me então dali, para não me massacrar ainda mais ao assistir dos festejos adversários, com uma única certeza que me acompanhou até casa: saí dali ainda mais Portista e orgulhoso das minhas cores, do meu clube, do meu emblema, do que quando lá cheguei! Não tenham quaisquer dúvidas disso e vos garanto, na próxima, nas próximas, nas que houverem, sempre que a minha vida me permitir, mesmo percorrendo centenas de quilómetros, mesmo sacrificando a minha vida familiar em detrimento do meu clube, mesmo com bilhetes estupidamente caros para assistir a um desafio de futebol sem o mínimo de condições (com pulguedo por tudo quando é sitio), mesmo perante tudo isso, lá estarei novamente na vã esperança de voltar a ser feliz… aos outros, desejo-lhes bom passeio no shopping da moda, na esplanada à beira-mar ou no descanso e conforto do sofá caseiro… aparecendo no dia seguinte, com ares de “mais papistas que o papa”.

Falando agora do futebol jogado, diria que venceu quem marcou… e fê-lo por 2 vezes, numa altura em que o estouro físico por parte dos azuis-e-brancos, era já mais que evidente e ilustrativo do trabalho hérculo a que se viram obrigados após mais de 50 minutos a jogar com menos um em campo, depois de 2 meses a jogar partidas só para cumprir calendário sem qualquer tipo de pressão, e com a cabeça de muitos jogadores já nos contratos assinados, a assinar em breve ou com naturais expectativas de o vir a assinar. Sendo assim, nada a fazer, senão lamentar a nossa derrota a esperar que muito em breve, voltemos a sorrir.

Na entrada em campo, a meia-surpresa com a inclusão de Mariano, aliada ao facto de mais tarde se constatar que João Paulo estava na esquerda da defensiva, com Fucile a ocupar o seu lugar natural, esta última variante, foi quanto a mim, um claro tiro no pé… por parte do Prof. Jesualdo Ferreira.

Ao contrário do esperado (talvez, não tanto por mim), entramos mal, lentos, desconcentrados e pouco ou nada organizados, dando a ideia em largos momentos do jogo durante a primeira parte, que a desorganização era de tal ordem, que nem se defendia como mandam os livros, nem se atacava como mandam as regras, havendo um meio-campo que estava ali completamente perdido, salvando-se Raul Meireles que fez um jogo, na minha opinião, completamente incansável até que o físico venceu finalmente a vontade. Ontem, este foi o verdadeiro jogador à FC Porto.

Nuno, ia conseguindo suster as investidas dos verde-e-brancos, cabendo em grande parte a este, o facto da baliza se ter mantido inviolada durante grande parte do jogo, altura em que realizou duas defesas fantásticas perante Derlei que surgiu cara-a-cara, mas por mérito do guarda-redes, não conseguiu inaugurar o marcador.

Caminhava já o relógio para os últimos 15 minutos, quando o FC Porto dispôs do primeiro remate à baliza adversária, se assim se pode chamar, fruto de um cabeceamento fraco de Lisandro, que neste jogo, esteve completamente irreconhecível para o que nos habituou e com isso, a nossa frente-de-ataque ressentiu-se e de que maneira.

No imediato, na melhor fase de jogo do FC Porto, Mariano Gonzalez no seu estilo aparentemente trapalhão e quase sempre no limite para cair sem que ninguém lhe toque, consegue uma arrancada do meio-campo, ultrapassando 3 adversários e no último instante, desmarca Lisandro que perante Rui Patrício, não o conseguiu bater, com um remate com pouco convicção.

Ainda antes do intervalo, golo anulado ao Sporting por fora de jogo de Romagnoli que estava ligeiramente adiantado à defensiva azul-e-branca. Entretanto, chegou o intervalo.

Para os segundos 45 minutos, sem qualquer alteração, o FC Porto entrou um nada melhor que o adversário, conseguindo até criar alguma superioridade a meio-campo, apesar da forte pressão do oponente. Mesmo sem grandes oportunidades de golo, o jogo ia-se mantendo intenso no meio-campo, mas sem grandes incómodos para quaisquer das defensivas, que com o passar dos minutos, se foi tornando mais monótono.

Quando restavam apenas 20 minutos para o final da partida, Lisandro entra na área adversária e é literalmente abalroado pelo defensor contrário, ficando aqui uma clara grande penalidade por assinalar, porque carga de ombro é uma coisa, ir à dobra e abalroar um adversário, são coisas completamente diferentes… mesmo assim, Lisandro volta a levantar-se, recupera a bola e quando volta a entrar na área, cai de novo (derrubado?) ao tentar ultrapassar um adversário, sempre com o árbitro a fazer vista grossa.

Desculpável ou talvez não, com toda a gente a protestar estes 2 lances, João Moutinho recupera a bola e quando tenta lançar um contra-ataque, João Paulo, talvez fruto do nervosismo destes 2 lances que antecederam este lance, tem uma entrada a pés juntos que por si só, justificou o vermelho directo… não vou discutir se tocou, se não tocou… aquela entrada, por si só, e seja de que cor equipe o jogador, é para vermelho e não adianta escamotear a verdade.

O que discuto é porque razão, mantendo estes critérios disciplinares, Grimi ainda se mantinha em campo por aquela altura, na sequência de morder os calcanhares de Quaresma por 3 vezes, passando incólume disciplinarmente até ao final do jogo… e porque razão Abel, depois de um amarelo, joga claramente ao homem (Raul Meireles) para impedir um contra-ataque a meio-campo e não é sancionado com o segundo amarelo e consequente vermelho? Como digo, não discuto o João Paulo, porque quanto a mim não tem discussão, discuto apenas Grimi, Abel e o Olegário “Vigário”! Na dúvida, que sempre se prejudique o FC Porto, esta é a verdade!

Inexplicavelmente ou talvez não, foi a partir deste momento, com apenas 10 jogadores em campo, já com Lino no lugar de Mariano, que o FC Porto mostrou mais união, mais alma, mais raça, mais querer e se superiorizou ao Sporting que se limitou a trocar bolas longe da nossa defensiva, com os azuis-e-brancos a parecerem multiplicar-se nas disputas de bola. Agora, sim, este era o meu FC Porto!

Chegou entretanto o final dos noventa minutos regulamentares, sem mais oportunidades de golo ou lances de perigo, à excepção de um lance de Djaló que levou a bola a passar ao lado da baliza de Nuno, tendo este a bola controlada.

Iniciada a primeira parte do prolongamento, novo golo do Sporting anulado, desta vez a castigar jogo perigoso de Derlei na pequena área que atingiu Pedro Emanuel na cara depois de tentar executar um pontapé de bicicleta.

Ainda estavam apenas decorridos 5 minutos da primeira parte quanto aconteceu mais uma das diabrites do Olegário “Vigário” que apitou para o final da mesma… perante a estupefacção de todos os presentes e jogadores… menos do próprio que há muito já tinha perdido o tino ao que andava ali a fazer.

Recomeçado o jogo, o FC Porto ia-se conseguindo aguentar estoicamente perante a superioridade numérica dos verde-e-brancos, até que num rápido lance de contra-ataque, Lisandro é derrubado por Anderson Polga quando se preparava para entrada na grande área pelo lado esquerdo do ataque, e Olegário “Vigário” volta a assobiar para o lado sem que marcasse a competente grande-penalidade… e iam já 2 por marcar, para não dizer 3!

Na resposta, aos 111 minutos de jogo, Tui entra na grande área, remata cruzado, com a bola a embater em Pedro Emanuel e a trair Nuno que nada podia fazer, vendo ainda a bola a embater na trave. Estava feito o 1-0 para o Sporting e nesta altura, pressenti claramente o nosso fim, porque alguns jogadores, notava-se a olhos vistos, há muito que não podiam com uma gata pelo rabo.

De seguida, Tarik entra em cena para o lugar de Paulo Assunção, quando na minha opinião, já o deveria ter feito há muito mais tempo, porque não sendo um portento técnico, consegue fazer algo que poderia ter sido útil ao FC Porto na altura mais complicada de jogo… esticá-lo!

Já numa altura de desnorte, com Bruno Alves a jogar a ponta de lança, Tiuí na pequena área, aproveita um corte defeituoso de Lino e com um pontapé de bicicleta, bata Nuno pela segunda vez, elevando a vantagem para 2-0 aos 117 minutos.

O final do jogo chegou entretanto num instante e com isso, a perda da possibilidade de conquista da dobradinha. Já o disse atrás, e volto a repeti-lo: ganhou, quem marcou!

Que chegue rápido Agosto para a Supertaça em Leiria, Coimbra, Aveiro, onde quiserem… lá estarei de novo, sempre na vã esperança de voltar a ser feliz!

Hoje, ainda mais Portista que ontem!