09 janeiro, 2008

23 anos de eterna saudade do “Mestre”

José Maria Pedroto
Faleceu a 7 de Janeiro de 1985

Tal como ‘ontem’, as frases nunca esquecidas:

"As gentes do Porto são ordeiras porque, se não fossem, há muitos anos teriam recorrido à violência perante os enganos dos árbitros que têm decidido da perda de muitos campeonatos e Taças de Portugal"

"O FC Porto cada vez mais aparece como potência do nosso futebol, capaz de conseguir a hegemonia e é claro que isto preocupa o Benfica e o Sporting"

"É tempo de acabar com a centralização de todos os poderes da capital"

"No FC Porto não há contestatários maricas, nem os problemas se levantam, porque nunca chegam a existir"

"Jorge Nuno Pinto da Costa, para além de ser um cidadão respeitável, afirmou-se como um competentíssimo dirigente. A ele se deve, em grande parte, a projecção que o FC Porto atingiu, a nível nacional e europeu. O tempo há-de fazer-lhe justiça"

"O verdadeiro calcanhar de Aquiles do nosso futebol reside no simples facto de quase todos pensarmos que, quando saímos dos estádios, já não somos profissionais de futebol"

"Não tenho dúvidas de qualquer espécie de que ao Artur Jorge não faltará onde trabalhar e que, em qualquer parte, triunfará. Mas também acredito que vai ser no FC Porto que ele acabará por ser revelar como um homem predestinado para a direcção e comando de equipas de futebol"

[ outros momentos de recordação já evocados no blog, podem ver aqui e também aqui. ]

5 comentários:

  1. Há poucas coisas que me fazem desejar ter nascido antes do ano em q nasci. Uma delas era ter sentido, vivido essa fase de nascimento de um PORTO campeão, de um Porto destemido, de um Porto orientado por um homem de coragem, de extrema inteligência, de amor intenso ao clube da Invicta, JOSÉ MARIA PEDROTO. Leio e releio tudo o que escreveram sobre ele e tenho pena de n ter estado nessa altura nos Estádios onde o Porto jogava. Para mim foi, é e será sempre uma das figuras mais importantes da história do FC PORTO.

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  2. Concordo contigo Lucho...

    Sem dúvida, esses tempos de mudança devem ter sido dignos de ser vividos. Ainda me recordo, e já o explanei num artigo, da festa fantástica onde me vi envolvido, com míseros 7 anos, qd o Porto pôs fim a um jejum de 19 anos.

    A luta naquela altura, pelo pouco peso k o Porto tinha, era muito mais intensa, mas por certo as vitórias seriam duplamente gratificantes...

    Pedroto foi um visionário, claramente à frente do seu tempo, capaz de, juntamente com Pinto da Costa, quebrar as amarras k impediam o Porto de vencer. Foi crucial esse discurso, com frases fortes, k ajudaram a Invicta a ganhar consciência do despautério k se vivia no futebol tuga...

    E assim, paulatinamente e com o cunho pessoal do Mestre, nasceu este Porto sem medo, moderno, hegemónico, k nós AMAMOS!

    Longa vida ao Zé do Boné, sempre lembrado com imenso carinho!

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  3. Não há muito a acrescentar, perante a ainda actual recordação da invulgar 'dimensão' e 'avanço no tempo' que este homem, José Maria Pedroto, vulgarmente conhecido por Mestre, ou por Zé do Boné, já no seu tempo denotava.

    Ainda muito novinho, aprendi a respeitar este homem, este grande treinador... por tudo aquilo que nos trouxe e nos fez acordar da letargia que desportivamente o país atravessava, onde os títulos eram repartidos obrigatoriamente pela 2ª circular... e o resto não era sequer país.

    O 'Mestre', com o 'Mítico PdC', romperam com esse triunvirato... e a partir desse momento, o reinado dos infieis, estaria a prazo... como sempre, o tempo acabou por lhes dar razão.

    Nunca te esqueceremos...

    Descansa em paz, 'Mestre'!

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  4. O Mestre- que merecia ter vivido a alegria de ser campeão europeu, ganha pelo seu pupilo, Artur Jorge.
    Quando em 1976/77 regressou ao clube pela 2ª vez na condição de treinador (como jogador«era a pedra angular» e foi campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal em 1955/56 sob o comando de Yustrich. Voltaria a ser campeão em 58/59 ainda como jogador).
    Para mim que me fiz portista na «hora da humilhação e da derrota» 1969/70, tinha entãu 6 anos e lembro-me bem dessa época pois viviam-se tempos tumultuosos, visto muitos associados não terem perdoado, Afonso Pinto de Magalhães, que apesar do muito que fez pelo clube em termos ecléticos, não percebia nada de futebol e alinhou com os jogadores que não queriam ir para estágio antes e depois dos jogos, em 1968/69 quando a 5 jornadas do fim lideravamos o campeonato. Faltava ir ao Barreiro(CUF), receber a Académica e o U.Tomar e ir na penúltima jornada à Luz e por fim o Belenenses em casa. Recordo a enorme polémica em torno de uma descabida repetição dum jogo Sanjoanense-Benfica muitos meses depois de ter sido jogado, então pela 1ªvez( a repetição ficou congelada para qualquer eventualidade!...).
    Antes do jogo da Luz, que Pedroto veria da Bancada, visto ter sido distituído a 9 de Abril de 1969; e após uma digressão a Moçambique a duas jornadas do fim do campeonato!
    O fim levou não só à perda do campeonato, como à perda de José Maria Pedroto, que na epoca seguinte, rumaria a Setúbal para lá formar o melhor Vitória de sempre...

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  5. Que saudade do grande Mestre José Maria Pedroto!

    Ao longo dos anos, muitos e bons treinadores passaram pelo FCPORTO. Há, no entanto, quatro que pessoalmente destaco: Yustrich, que não cheguei a conhecer\ver (salvo, quando há alguns anos revisitou o Porto a convite do Clube); Artur Jorge, que para lá de culto foi um "grandíssimo" treinador, cheio de eloquência e "savoir-faire"; José Mourinho, o único que posso "engalanar" ao lado do grande Mestre, quer pela sua excelência de grande "avant-garde", quer pela postura de combate; e, finalmente, o Grande Mestre José Maria Pedroto, do qual já tudo foi dito. Com ele o FCPORTO mudou definitivamente.

    Curiosamente ou não, excepto com Yustrich já nos idos anos de 50, todos os outros "ambos os três" tiveram o "Timoneiro" Jorge Nuno Pinto da Costa a seu lado e em grande forma.

    "So, no more comments"!!!, mas já agora feliz do nosso Clube que teve esses treinadores de Excelência e Qualidade extra, para lá de muitos outros que também acrescentaram algo, desde o Ivic até ao António Oliveira, só para dar dois exemplos.

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